sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O poder das palavras


A mesma língua que edifica pode também matar

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar. "O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias." (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a abençoar, por isso amaldiçoam. Salomão afirmou: "Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos." (Provérbios 10.20-21). Poderia citar inúmeros textos bíblicos que nos revelam a necessidade de abrirmos a boca para abençoar e não amaldiçoar. Mas quero resumir em apenas um que traduz, de maneira sublime, a força que há nas palavras que proferimos: "A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." (Provérbios 18.21).

Consegue imaginar a extensão e a gravidade disso? Com ela, você pode vivificar ou matar. Consegue dimensionar o poder que há nesse tão pequeno órgão de seu corpo? Peça ao Espírito Santo que lhe conceda sabedoria ao falar. Não é conveniente que você abençoe e também amaldiçoe. Quando Paulo escreveu aos Romanos, ele disse: "Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis." (Romanos 12.14). Há pessoas que já entenderam a importância de se policiar, de vigiar ao falar, e procuram não cometer o pecado da mentira. Porém, acabam pecando justamente porque não abrem a boca para abençoar. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor, e este relacionamento nos faz com que nos tornemos abençoadores. Há pessoas que aprenderam isto muito bem. Quando elas chegam, parece que a luz chega; quando abrem a boca, algo começa a fluir. Pessoas assim transmitem o amor de Cristo, fazem a diferença aonde quer que estejam e perto de quem quer que seja. Infelizmente, porém, há quem faça totalmente o oposto: apenas reclamam, murmuram, maldizem os outros, levam uma vida independente da Palavra.

A Bíblia nos ensina a darmos graças em tudo (1 Tessalonicenses 5.18). O que significa que, pela fé, podemos ministrar a bênção, crendo que as circunstâncias serão mudadas, transformadas, pela graça do Senhor. Há um poder tremendo em nossas palavras. Em Provérbios 18.21 está escrito que: "A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." Quando você diz: "Eu o abençôo, em nome de Jesus; Eu abençôo o seu dia, o trabalho das suas mãos", você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica - a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo. A Palavra nos revela de uma forma bem clara para: abençoar, abençoar. Comece abençoando a sua vida. "Eis que será abençoado o homem que teme ao Senhor." (Sl 128.4). O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então o abençoe! E mais. Sê tu uma bênção.


Publicado em: 21/10/2008

Extraído de: http://www.otempo.com.br/supernoticia/colunas/?IdEdicao=451&IdColunaEdicao=1069

“Minha vida, o meu caminho, é do meu Mestre”


“A minha vida, o meu caminho, é do meu Mestre”
Outrora integrante da banda de axé Olodum e hoje cristão convicto, irmão Lázaro fala de sua conversão, família e seu ministério. E muito mais.

Ele tem 41 anos. Convertera-se aos 32, há exatos nove anos e quatros meses na então congregação da igreja onde é membro hoje - a Igreja Batista Lírio dos Vales, em Salvador, cujo pastor presidente é Rogério Dantas. A congregação ficava, na época, no bairro da Federação. (A Sede fica no bairro Pituba, em Salvador, Bahia).

Isso fora em junho de 1999, precisamente dia 6. Então integrante da banda de axé Olodum, obtivera fama e fortuna, viajando País afora e para fora do País. Uma de suas composições chega estourar no cenário musical. Porém, por motivos de inveja e disputas internas, como ele mesmo aponta em seu testemunho -, deixa finalmente a banda. Outrora prestigiado e tido como celebridade por muitos, agora se torna um anônimo, praticamente um andarilho, um ambulante, às voltas com a miserabilidade, a ponto de ter vivido de favores, mal tendo como se sustentar. E pior: sustentar seu vício, já que era viciado na maconha e na cocaína. A canção “Bagaço” de seu recente álbum Lázaro, Testemunho e Louvor, traduz bem o que vivera até a sua conversão: “O inimigo quase me roubou de Deus / Falsas alegrias e falsas vitórias/ Falsas glórias / E como um pedaço de cana, ele me mastigou / E em bagaços me arrastei até a igreja/ Onde encontrei Jesus”. A canção prossegue nesse tom, quando então fala de seu envolvimento com as drogas: “A ‘fumaça do demônio’ alucinou-me (a maconha) / E a ‘coisa branca’ arrastou-me até a miséria (a cocaína) / Tudo que era bom de mim se afastou / Resolvi por um fim na minha história / E eu decidi morrer / Foi quando um crente veio e me falou de Deus / De um Amigo que resolveria os meus problemas.”

A história de Lázaro hoje é outra. Outrora no mundo da fama, agora lida com o carinho e o reconhecimento de um público de que sempre fugira, por achá-los “chatos”, como ele mesmo aponta em seu relato de conversão. O público a que me refiro são os evangélicos, os cristãos. E a julgar também por tudo que viveu, por onde passou e com quem viveu enquanto membro da referida banda, sua história tem mesmo impressionado a muitos, que não só os cristãos – como também os próprios integrantes do Olodum, visto que, segundo relata, tem havido conversões.

A fim de saber mais detalhes de sua história e trajetória, como se deram as coisas, e como tem sido sua vida hoje, fomos conversar com Antônio Lázaro Silva – o Irmão Lázaro, ex-Olodum como é muito (e põe muito nisso) conhecido. Com exclusividade, a bordo de um ônibus rumo a uma de suas conexões (vindo de Salvador) com destino a outra cidade para ministrar, ele, gentilmente, nos concedeu a seguinte entrevista:

Lagoinha.com: Antes de você se converter, você já vinha ouvindo do Evangelho, como foi quando estava com Edson Gomes na banda Cão de Raça, com o dono da barraquinha de cachorro quente em frente a casa onde morava e por outros que já vinham até você para evangelizá-lo, porém, sempre se recusando, se esquivando. Quando de fato ouviu pela primeira vez do evangelho e de Jesus? Quantos anos tinha?
Irmão Lázaro: Era muito novo, um garoto. Tinha uns 15 anos mais ou menos. Hoje estou com 41 anos. Lá no meu bairro, um amigo nosso se converteu. Ele foi motivo de algazarra durante uns dois anos. Eu achava muito engraçado aquela coisa de acordar domingo para ir pra igreja. O tempo passou, e aí veio uma igreja no nosso bairro, o Federação, na Bahia. Depois de alguns meses, essa igreja acabou. Era a única no nosso bairro. Depois da minha primeira banda, já com cerca de 20 anos, o líder dessa banda, Ramon Basel, falou de Jesus para mim. E de lá para cá, vinha ouvindo falar do evangelho pela TV, pelos canais, em que as pessoas vinham falando de Cristo o tempo inteiro.

Lagoinha.com: O que poderia dizer da sua família? Ela já tinha algum conhecimento do Evangelho antes de se converter?
Irmão Lázaro: Toda minha família era do Candomblé. Era a cultura que a gente abraçava. E depois que me converti, foi um escândalo dentro da minha casa, tanto pelas questões religiosas como de sobrevivência. Mas o tempo foi passando e as pessoas foram percebendo o que Deus estava fazendo na minha vida. Minha família foi ficando impactada. Hoje eu louvo a Deus porque estão todos freqüentando a igreja. Deus já tem dados os primeiros sinais de que, com certeza, todos estarão se envolvendo na obra dele. Sou grato a Ele por tudo isso e estou muito feliz por tudo isso.

Lagoinha.com: Você ainda mantém contato com o pastor responsável por sua conversão e com aquela igreja em que se converteu?
Irmão Lázaro: Aquela congregação acabou. Parece que Deus colocou aquela igreja ali mesmo só para me converter. A pessoa que estava à frente daquela obra foi embora para São Paulo. Eu já o visitei em São Paulo. Eles moram em Guarulhos. É o pastor Samuel, sua esposa, a irmã e missionária Lúcia, mãe de Elisama, de Marcela. Aquela era uma congregação da igreja que estou até hoje. Hoje estou na sede. Eu sou ovelha do pastor Rogério Dantas, da Igreja Batista Lírio dos Vales, em Salvador.

Lagoinha.com: Qual tem sido o seu maior desafio desde que se converteu até agora?
Irmão Lázaro: O maior desafio que enfrentamos hoje, meu irmão, são os inimigos que se revelam dentro do Reino, pessoas que nem me conhecem, que nunca me viram, e que de repente resolvem cooperar para que esse ministério pare. Pessoas que infelizmente deixam que entrem sentimentos no coração sem motivos. Como agora, por exemplo, lançaram uma notícia na internet que eu havia falecido. Uns dizem que tive um infarto, outros que bati o carro, pessoas assim que infelizmente preferem se aliar às trevas que viver na maravilhosa luz, que é Jesus.

Lagoinha.com: Você tem tido a oportunidade de ministrar a conterrâneos e colegas seus na música como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, gente que de repente viu todo um trâmite, um ciclo seu antes de se converter... E a gora que você se converteu, você tem tido a oportunidade de falar mais de perto com eles? Poderia citar algum nome de gente que, de alguma forma, já ouviu do Evangelho além da própria banda Olodum?
Irmão Lázaro: Éééée.... Já ministrei para o Olodum como você mesmo falou, e já tive a oportunidade de ministrar para o Xand. Já tive a oportunidade de ministrar em uma igreja em Salvador que tem como pastor Ivo, um grande amigo, que é a igreja dos artistas. Já tive a oportunidade de pregar lá algumas vezes, de testemunhar, e pregar a Palavra. Em relação às pessoas maaaaaiissss... - (Nessa hora ele boceja, em razão mesmo do cansaço) - ... acentuadas na mídia como Ivete Sangalo e outros que tem esse talento tremendo, temos a notícia de que eles assistiram ao nosso DVD e foram tremendamente impactados. Eu fiquei sabendo recentemente que até a Sandy e o Junior, o Xitãozinho e Xororó, se reuniram para assistir ao DVD. Dizem que foi algo muito tremendo. Então, aonde não tenho ido, Deus tem chegado com esse DVD, pela fé que se concretiza na minha vida que não sou eu, mas é a obra de Deus mesmo.

Lagoinha.com: A própria Bahia então também tem sido impactada de alguma forma?
Irmão Lázaro: Ahhhh, a Bahia tá, de uma forma tremenda. A visão que nós temos é assim: a pessoa coloca o DVD no aparelho, e quando liga a televisão, Deus pula dentro da casa da pessoa (Lázaro, só risos...). Não é nós, não é o meu talento. É Deus mesmo que está fazendo.

Lagoinha.com: O que é a música pra você além de ministério?
Irmão Lázaro: A música está no meu sangue. A música para mim é minha vida. O maior presente que Deus já me deu foi colocar isso dentro de mim, o Espírito Santo ministrando música. Rapaz, é um negócio tão particular a música, uma coisa que vem tão de dentro. Cada vez que escrevo uma canção, é como se estivesse dando a luz a um filho. Eu me lembro muito de Ana quando estou escrevendo porque Ana ansiava tanto por uma criança, sofria tanto na mão de Penina, que assim que Deus lhe concedeu a gravidez, ela pegou seu primogênito e o entregou ao Senhor para servi-Lo todos os dias. Ela só desmamou Samuel, imagine, né! É como minhas canções. Eu escrevo as canções e só tenho a oportunidade mesmo de desmamar e depois coloco lá aos pés do Senhor e Deus faz o que Ele quer.

Lagoinha.com: Com certeza, você conhece o Diante do Trono e Ana Paula Valadão. Que palavrinha diria a ela e acerca do Ministério?
Irmão Lázaro: Ana Paula Valadão deve ter sofrido muito essa coisa da tietagem, das pessoas de certa forma até endeusarem-na. Ela foi usada pra mudar a história da música evangélica no nosso País. Você vê que a nova fase do evangelho no Brasil começou com o Diante do Trono. Eu cantava uma música dessa banda, que diz assim (e Lázaro, de olhos fechados, ao seu modo, solta a voz): “Ao cheiro das águas brotaráááááááaa..... Como planta nova floresceraááááaa...” Eu gostava muito dessa canção (do álbum Águas Purificadoras, gravado em 2000). Eu gostava muito dessa canção. Cantei também durante muito tempo aquela canção (e de novo, Lázaro em "a capela"): “...Te agradeçoooooo...” E a coisa foi mudando, a banda Diante do Trono veio crescendo, crescendo, crescendo, crescendo, e Deus fez o que tinha que fazer, e nesse rastro divino, estamos indo todos nós.

Lagoinha.com: Planos e projetos?
Irmão Lázaro: Se Deus me der vida, o próximo DVD. Quem sabe, daqui há dois anos.

Lagoinha.com: Um sonho pessoal e ministerial.
Irmão Lázaro: A nível pessoal, meu sonho é ser tão crente quanto as pessoas pensam que eu sou. E a nível ministerial, eu penso em continuar sendo bênção para a vida das pessoas, e que Jesus guarde o meu coração da soberba.

Lagoinha.com: Uma palavrinha final aos nossos internautas. Ou de alerta, de fé, de encorajamento, e também aos músicos e ministros cristãos que também têm ministrado País a fora.
Irmão Lázaro: Em relação aos que estão louvando a Deus, os músicos, que Deus guarde o coração deles, que eles procurem meditar, ter paciência, evitar a vingança; procurar aprender a perdoar, a pedir a Deus misericórdia. Falo não como quem já tenha conseguido isso sua na totalidade, mas além de poder falar das experiências maravilhosas que eu tenho tido com o perdão, eu também posso falar das experiências terríveis que eu tenho tido quando eu não consigo perdoar. Então, que Deus possa guardar o coração de cada levita, de cada músico. E a minha palavra para todos os internautas, para todos que estão lendo essa material, é que vocês me ajudem em oração. Me ajudem, porque eu careço muito de oração; eu preciso de ajuda pra continuar nessa peleja. A Bíblia diz que a oração do justo é eficaz, ela é tremenda, e eu tenho certeza que se você orar por mim, Deus vai fazer coisas grandes e maravilhosas. Não por mim, mas através de mim.

::Por Marcelo Ferreira
Jornalista
macelo.ferreira@lagoinha.com

*Detalhe da foto: Lázaro e banda (Foto: Junio Amaro)

extraído de: http://www.lagoinha.com/engine.php?pag=art&sec=1&cat=54&art=13295

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Origem dos batistas e missões


Antes de concentrar este trabalho na obra específica de missões realizada pelos batistas brasileiros, mister se faz apresentar uma breve palavra sobre este grupo. Desde os primeiros séculos o evangelho foi disseminado com ardor pelos discípulos de Cristo através do mundo. A partir do segundo século, começou o desvirtuamento dos ensinamentos apostólicos, com o surgimento de doutrinas e práticas que deles destoavam. Assim foi se alicerçando uma igreja da maioria, que passou a ter apoio dos poderes constituídos, tanto no Oriente como no Ocidente. Mas a verdadeira Igreja de Jesus Cristo nunca morreu, pois continuou existindo em grupos minoritários, considerados dissidentes, que primavam por manter os ensinos bíblicos, mesmo sendo perseguidos, condenados, mortos e seus escritos queimados. No século XVI, surgiu o movimento chamado Reforma Protestante, quando os princípios evangélicos da justificação pela fé, supremacia das Escrituras Sagradas e sacerdócio de cada crente foram disseminados para contrapor o poderio da Igreja Católica Romana, que havia dominado o mundo ocidental durante toda a Idade Média.

Como um grupo específico, os batistas surgiram na primeira década do século XVII, vindos dos separatistas ingleses, que eram os dissidentes da Igreja Anglicana, a qual mesmo sendo protestante, perseguia os que dela discordavam. Uma congregação, constituída de puritanos que se tornaram separatistas na Inglaterra, fugiu da perseguição religiosa em 1607, para Amsterdã na Holanda, sob a liderança de João Smyth e Tomás Helwys. Em 1609, houve ali a resolução de dissolver a Igreja e começar tudo de novo através do batismo do que crê, rejeitando, portanto, o batismo de crianças inocentes. Essa posição já era adotada por outros grupos considerados radicais desde o século XVI, chamados anabatistas, e continuava na ocasião, inclusive na Holanda, com os menonitas. Mas havia algumas diferenças nas áreas teológica e prática entre o novo grupo e aqueles que preservavam a tradição anabatista, que eram conhecidos como menonitas. As críticas, por não terem se unido aos menonitas, atingiram João Smyth, que diferentemente de Tomás Helwys, pediu filiação àquele grupo, gerando uma séria divergência entre os dois.

Helwys, que se manteve fiel ao posicionamento assumido pela Igreja anteriormente, escreveu vários trabalhos, inclusive uma declaração de fé e um livro intitulado, Breve declaração do mistério da iniqüidade, onde defendeu liberdade religiosa e também se dispôs a retornar com sua pequena igreja à Inglaterra. Assim aconteceu, sendo ele preso em 1612 e morto na prisão em 1616[1]. Mas o grupo prosseguiu e recusou ser chamado de anabatista, que significa o que batiza de novo, afirmando que seus seguidores não administravam um novo batismo, mas o verdadeiro batismo segundo o Novo Testamento. Daí surgiu o nome “batista”, cujo significado é “o que batiza”[2]. Logo outras igrejas apareceram e foram conhecidas como Batistas Gerais, pelo fato de adotarem a teologia arminiana, que defende a expiação universal de Cristo.

Em 1638, sob a liderança de João Spilsbury, outra igreja foi organizada totalmente independente dos Batistas Gerais. O novo grupo foi chamado de Batistas Particulares, por aderir a teologia calvinista, que aceita a expiação de Cristo apenas para os eleitos. Logo os batistas se espalharam por outros países do mundo, principalmente os Estados Unidos da América do Norte[3]. Foi dos Estados Unidos que vieram os primeiros batistas para o Brasil.

Não houve, da parte dos primeiros reformadores, um trabalho missionário como aconteceu com os jesuítas, na chamada Contra-Reforma. O maior interesse em missões entre os protestantes só foi despertado a partir do século XVIII, primeiramente pelos Irmãos Morávios, depois, de forma mais definida e continuada, por batistas ingleses de posição calvinista moderada. Esse grupo iniciou movimento de missões modernas, com a criação da ainda hoje ativa, Sociedade Missionária Batista Britânica, em 02 de outubro de 1792[4]. Esta incentivou os protestantes, principalmente os batistas, tanto da Inglaterra como dos Estados Unidos, a cumprirem a ordem de Cristo, levando o evangelho ao mundo.

Os batistas no Brasil

Com a organização da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, em 1845, missões passou a ser para eles uma tônica. Em 1860, foi enviado Thomas Jefferson Bowen, como o primeiro missionário no Brasil da Junta de Missões Estrangeiras da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos (Junta de Richmond)[5]. Infelizmente esse missionário logo mais retornou à sua pátria, levando a impressão de que o campo neste país não era propício para o trabalho de missões, ao escrever: “É inconveniente fazer qualquer nova tentativa, no momento presente, de manter uma Missão naquele país”[6].

Após a Guerra da Secessão (1861-1865)[7], vários norte-americanos vieram ao Brasil para estabelecer colônias, destacando-se a de Santa Bárbara em São Paulo, onde um grupo de batistas organizou a primeira igreja batista no Brasil, em 10 de setembro de 1871. Ela era composta de americanos que não dominavam a língua portuguesa, mas desde o início apresentou o propósito de servir aos americanos ali estabelecidos e divulgar o evangelho ao povo brasileiro, solicitando desde 1872 que a Junta de Richmond voltasse a mandar missionários para o Brasil[8]. Em 1879, nova igreja foi organizada na mesma cidade, conhecida como Igreja Batista da Estação, que mesmo sendo também composta de americanos, recebeu a 20 de junho de 1880 o primeiro batista brasileiro, o ex-padre que na ocasião estava cooperando com os metodistas, Antonio Teixeira de Albuquerque, que ali foi batizado e recebeu imposição de mãos para o ministério[9].

Aquelas duas primeiras igrejas organizadas no Brasil, além do trabalho do General Alexandre T. Hawthorne, foram os principais elos de ligação com a Junta de Richmond, para um novo despertamento quanto a um trabalho missionário no Brasil[10]. Foi assim que, em 1881, chegou o casal William Buck Bagby e Ana Luther Bagby, e em 1882, Zacarias Clay Taylor e Kate Stevens Taylor, que juntamente com Antonio Teixeira de Albuquerque, organizaram em 15 de outubro de 1882 a Igreja Batista na Bahia, que se tornou a terceira igreja batista no Brasil[11], inclusive recebendo os seus membros fundadores por carta das igrejas de Santa Bárbara e da Estação[12]. Isso representou uma nova diretriz, com resultados extraordinários para a difusão do evangelho no Brasil, que hoje conta com cerca de sete mil igrejas e, incluindo os congregados das várias convenções, mais de dois milhões de batistas.

[1] OLIVERA, Zaqueu Moreira de. Liberdade e exclusivismo: ensaios sobre os batistas ingleses. Rio de Janeiro: Horizonal; Recife: STBNB Edições, 1997, p. 27-68.

[2] Id. O nome batista. O Jornal Batista, Rio de Janeiro, ano 105, n. 20, 15 maio 2005.

[3] Id. Os batistas: versão histórica de sua origem. Reflexão e Fé, Recife: STBNB Edições, ano 4, n. 4, p. 9-17, dez. 2002.

[4] TORBET, Robert G. A history of the Baptists. Valley Forge / Chicago / Los Angeles: The Judson Press, 1963, p. 81.

[5] Junta de Richmond é o nome como no Brasil ainda hoje é conhecida a Junta de Missões Estrangeiras (Foreign Mission Board) da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, que atualmente tem o nome de International Mission Board (IMB). Doravante, ao nos referirmos a esse órgão, usaremos quase sempre o nome “Junta de Richmond”.

[6] BROADUS, J. A. et al. Report on the Mission to Brazil. Proceedings of the Southern Baptist Convention at its eighth biennial session, 1861. Richmond, Virginia: Macfarlane & Ferguson, 1861, p. 61. Deve-se dizer que T. J. Bowen antes foi missionário na África e amava o povo africano, pelo que no Rio de Janeiro se aproximou de escravos, cuja língua original (yorubá) era sua conhecida. Mas isso gerou desconfiança dos grupos dominadores. A sua contribuição, no que se refere ao papel dos batistas no Brasil sobre a escravatura, é importante e deve ser ressaltada.

[7] A Guerra da Secessão foi a guerra civil nos Estados Unidos da América, entre os estados do Norte e os do Sul, com motivos econômicos, estando envolvida principalmente a questão da abolição da escravatura. Foi vencida pelos estados do Norte, causando frustração e desânimo em donos de terra no sul, que dependiam do trabalho escravo. Isso motivou a ida de muitos americanos para outros países, inclusive o Brasil.

[8] CRABTREE, A. R. Historia dos Baptistas do Brasil: até o anno de 1906. V. 1. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Baptista, 1937, p. 39.

[9] OLIVEIRA, Betty Antunes de. Antonio Teixeira de Albuquerque: o primeiro pastor batista brasileiro – 1880 (uma contribuição para a história dos batistas no Brasil). Rio de Janeiro: Edição da autora, 1882, p. 75.

[10] OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. Batistas no Brasil: marco inicial. O Jornal Batista, Rio de Janeiro, ano 106, n. 13, p. 2, 26 mar. 2006; n. 15, p. 14, 09 abr. 2006.

[11] Esta igreja passou a ser chamada de Primeira Igreja Batista do Brasil.

[12] AMARAL, Othon Ávila; BARBOSA, Celso Aloísio Santos. Livro de ouro da CBB: epopéia de fé, lutas e vitórias. Rio de Janeiro: JUERP, 2007, p. 30.

Escrito pelo Pr. Zaqueu Moreira de Oliveira, Recife-PE. Extraído de: http://informativobatista.zoomblog.com/archivo/2008/10/10/no-prelo-100-anos-da-Jmm-do-Pr-Zaqueu.html

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ORAÇÃO


VAMOS AJUDAR MEUS IRMÃOS!

CHEGOU A NOSSA VEZ DE CONTRIBUIR CONTRA ESSA PERSEGUIÇÃO!


Nos últimos meses temos falado muito sobre ação e, hoje te daremos a oportunidade de agir não somente com suas orações, mas de uma maneira diferente. Você topa?

A violência contra os cristãos indianos já atingiu mais de cinco Estados, deixando até agora, um saldo de mais de 40 mortos e milhares de pessoas refugiadas.

Em função dessa situação dramática, a Portas Abertas iniciou uma Ação Institucional em socorro aos nossos irmãos na Índia. A ação consiste em solicitar às autoridades indianas no Brasil atitudes que cessem essa onda de violência.

Quanto mais e-mails conseguirmos enviar, maior será a chance de chamar a atenção dessas autoridades.

É extremamente simples ajudar. Sinceramente, é uma vergonha não fazê-lo!

Os endereços para onde você deve enviar a carta modelo são:

com@indiaconsulate.org.br;
elson@indiaconsulatemg.org;
ambassador@indianembassy.org.br;
dcm@indianembassy.org.br;
hoc@indianembassy.org.br;
amb.brasilia@mea.gov.in


Copie os endereços e cole-os para simplificar sua ação.
Não esqueça, envie quantas vezes puder.
O momento exige urgência nas orações e ações práticas!

Em nome da Igreja da Índia,

Samy e Dani
Coordenadoras underground Brasil

Modelo de texto

Vossa Excelência,

A Índia é a maior democracia no mundo e tem uma longa história de harmonia e paz entre os grupos minoritários do país. Por essa razão, fico chocado com as notícias sobre o assassinato do swami Laxmanananda Saraswati e de mais quatro pessoas em 23 de agosto de 2008, no Estado de Orissa.

Segundo notícias, as conseqüências das mortes têm sido muito piores. A violência anticristã já atingiu pelo menos cinco Estados, e causou mais de 40 mortes e milhares de pessoas refugiadas.

Foi dito que maoístas assumiram a autoria do assassinato, mas representantes hindus dizem que os cristãos são os culpados. Isto afetou seriamente o relacionamento já instável entre hindus e cristãos na região.

Pedimos, por gentileza, uma reação urgente de seu governo para fazer o possível a fim de acalmar a violência e restaurar a paz e estabilidade na região o quanto antes, protegendo a minoria cristã no país.

Em minha opinião, isso deveria envolver o Governo Federal, autoridades do Estado e líderes locais, incluindo os líderes religiosos.

Peço também que seu governo considere tomar os seguintes passos:

• Indicar uma agência de investigação para averiguar o caso de forma apropriada e imparcial;
• Disponibilizar forças paramilitares o suficiente em todas as áreas afetadas, a fim de prevenir mais violência.

Baseado no resultado da agência de investigação, os culpados devem ser processados por incitar violência, e as vítimas devem ser indenizadas por suas perdas, de acordo com a investigação imparcial dos danos.

Conte com minhas orações pela rápida restauração da paz e da estabilidade na região. Que todas as autoridades envolvidas sejam agraciadas com a sabedoria necessária.

Certo de sua boa vontade.

Atenciosamente,
(Seu nome)

Nota: Esse modelo pode ser usado tanto nas cartas como nos e-mails.


DEPENDE DE VOCÊ TAMBÉM IRMÃO!

domingo, 5 de outubro de 2008

NOSSAS MOTIVAÇÕES



Você já tentou fazer algo se estar motivado, para tal finalidade? Estar motivado a fazer algo significa que você está determinado a executar alguma coisa. Existe um pretexto; um motivo para que você o faça!

Deixe-me contar uma experiência onde Deus ministrou algo muito interessante, a mim!



Algumas vezes eu percebia que eu sentia falta de fôlego quando nadava ou corria. Estava levando uma vida sedentária, sem praticar qualquer tipo de exercício ou esporte.



Tomei uma posição! Correr após o expediente do trabalho. Eu geralmente o finalizo às 18:00h, chego em casa e troco de roupa: visto uma bermuda, uma camisa de malha leve, calço um tênis e vou correr. Corro cerca de uma hora e meia.



Enquanto corria o Senhor começou a me dizer: Olha como é o homem! Sempre está disposto a fazer algo. Mais ainda quando está determinado, quando tem um motivo!



Quando é para fazer para satisfazer seus desejos ou das pessoas com as quais se importa, não pensa duas vezes.



Você está correndo com o intuito de ganhar mais fôlego. Você tem um motivo: Ganhar fôlego.



Mas porque muitas vezes você não pára com os seus afazeres e desejos e dá a devida à atenção às pessoas que ainda não conhecem o Meu amor. Você não tem um motivo para isso? Porque que para mim, você pensa duas vezes em executar algo, e quando é para alguém da sua família, ou algum amigo você está pronto a fazer algo?



Será que o motivo ou pretexto que você tem para fazer algo para elas é maior do que o da história da cruz, para que você fala das boas novas?



Nesse momento querido eu pedi perdão ao Senhor, por muitas vezes eu fazer as minhas vontades e não a do Senhor. Em querer primeiro satisfazer os meus desejos e não os do Senhor. Por muitas vezes estar motivado e ter um pretexto para fazer algo para mim ou para outros, quando eu tenho algo para fazer cujo motivo maior foi o sacrifico do Senhor Jesus naquela cruz.

O que é o Projeto Minha Esperança



Minha Esperança é um esforço evangelístico, para que cada crente do país alcance seus amigos, familiares e vizinhos com o evangelho da esperança em Jesus Cristo, convidando-os a vir à sua casa para assistirem a três programas de televisão e ajudá-los a crescer no Senhor e tornarem-se parte de sua igreja local, tão logo se convertam a Cristo.
O que é concretamente o projeto Minha Esperança e como se desenvolve?
É um projeto evangelístico que alcançará todo território nacional.
Cada igreja evangélica será convidada a desenvolver o projeto dentro do seu próprio contexto, somando-se ao conjunto de igrejas cristãs de todo país.
A mensagem de Jesus Cristo será transmitida pela televisão por três noites consecutivas através de uma rede de alcance nacional e em horário nobre.
Nas duas primeiras noites será apresentado um programa de meia hora cada. O conteúdo incluirá uma mensagem evangelística, pregada na primeira noite por Billy Graham e, na segunda noite, por Franklin Graham, além de um testemunho impactante e música cristã.
Na terceira noite será transmitido um atraente filme, produzido pela Associação Evangelística Billy Graham, com uma poderosa mensagem de esperança em Cristo.
Todas as igrejas receberão treinamento, capacitação, materiais e orientação a fim de alcançarem o maior número possível de lares envolvidos e capacitados onde o evangelho possa ser escutado.
Cada crente, em cada igreja, poderá participar de forma ativa, por meio dos passos indicados no folheto de Mateus e seus amigos, apresentando conjuntamente com Billy Graham e Franklin Graham a mensagem da esperança em Cristo por ocasião das transmissões.
Como resultado, dezenas de milhares de cristãos estarão capacitados para compartilhar o evangelho com amigos, familiares e vizinhos.
Preparo e mobilização
Uma sede nacional foi estabelecida em São Paulo para coordenar o projeto. Estamos pedindo a Deus que milhares de igrejas se preparem para este poderoso impacto evangelístico nacional.
Cada fase tem importância singular, mas a oração e a estratégia Mateus e seus amigos são o coração do projeto.


retirado de: http://www.minhaesperanca.com.br/oquee.aspx