quinta-feira, 19 de março de 2009

Excomunhão precipitada



Para colaborador de Bento 16, decisão de arcebispo de Olinda e Recife em caso de menina de nove anos foi apressada.

De acordo com Monsenhor Rino Fisichella, autoridade do Vaticano em bioética e presidente da Academia Pontifícia para a Vida, a excomunhão dos médicos que praticaram o aborto na menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto em Recife, não é digna de aprovação. No seu entendimento, o arcebispo José Cardoso Sobrinho emitiu um julgamento apressado, sem colocar em primeiro lugar a vítima maior que foi a garota. “São outros que merecem a excomunhão e nosso perdão”, afirma Fisichella.

A excomunhão fez o caso ganhar as páginas dos jornais do mundo e abalou a credibilidade da Igreja Católica. Segundo Fisichella, esse tipo de posicionamento radical gera um ambiente que contradiz os ensinamentos cristãos, não protegendo uma vida inocente e agindo de forma desumana sem a misericórdia própria dos homens de Deus.

O ponto central do debate é a contraposição entre a vida e a morte. Se, por um lado, a moral e os princípios católicos defendem a vida desde a sua concepção, de outro, a menina de 9 anos corria risco de morte. Sendo ela inocente, em relação ao desrespeito desumano e violência cometida pelo padrasto, a posição dos médicos em lidar com os riscos que corria deve ser considerada a partir de uma abordagem profissional, com respeito e mais humanidade. O Monsenhor Fisichella acredita que essa foi “uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto do bispo”.

(Fonte: BBC)

sábado, 7 de março de 2009

COMO ESTÁ SUA VIDA DE CRISTÃO? !!!



“Todo discípulo é um crente, mas nem todo crente é um discípulo”. Sabe por quê?
O crente espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.
O crente luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.
O crente se ganha; o discípulo se faz.
O crente depende dos afagos de seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.
O crente gosta de elogios; o discípulo gosta do sacrifício vivo.
O crente entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.
O crente cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário diariamente.
O crente precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.
O crente espera alguém para fazer em seu lugar; o discípulo é solícito em assumir responsabilida-des.
O crente reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
O crente exige que os outros o visitem; o discípulo visita os outros e os estimula na fé.
O crente pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.
O crente se senta para adorar; o discípulo anda adorando.
O crente pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.
O crente vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.
Os crentes aumentam a comunidade; os discípulos aumentam as comunidades.
Os crentes esperam milagres; os discípulos são os instrumentos para Deus derramar os milagres.
O crente velho é problema para a igreja; o discípulo idoso é problema para o reino das trevas.
Os crentes se destacam construindo templos; os discípulos se fazem para conquistar o mundo.
Os crentes são fortes soldados defensores; os discípulos são invencíveis soldados invasores.
O crente cuida das estacas da sua tenda; o discípulo desbrava e aumenta o seu território.
O crente se habitua; o discípulo rompe com os velhos moldes.
O crente sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.
A meta do crente é ir para o Céu; a meta do discípulo é ganhar almas para povoar o Céu.
O crente necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.
O crente espera um avivamento; o discípulo é parte dele.
O crente corre atrás de uma almofada; ao discípulo se entrega a uma cruz.
O crente quer ser servido; o discípulo é servo.
O crente cai nas ciladas do diabo; o discípulo faz o Diabo correr dele.
O crente responde talvez...; o discípulo responde eis-me aqui.
O crente preocupa-se só em pregar o evangelho; o discípulo em pregar e faz outros discípulos.
O crente espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.
O crente é pastoreado como ovelha; o discípulo apascenta as ovelhas.
O crente se retira quando incomodado; o discípulo expulsa os demônios que quem incomoda-lo,.
O crente pede que os outros orem por ele; o discípulo ora pelos outros.
O crente corre atrás de bênção; o discípulo as bênçãos correm atrás dele.

“O começo da ansiedade é o fim da fé.” George Müller.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Em defesa da virgem Maria


A propósito de termos ouvido afirmações de que não sabemos interpretar as Escrituras Sagradas e de que não amamos a Virgem Maria, fazemos através deste documento público, a nossa profissão de fé, e, ao mesmo tempo, uma defesa daquela BEM AVENTURADA VIRGEM MARIA, MÃE DO NOSSO SENHOR e SALVADOR JESUS CRISTO, segundo a Palavra de Deus.
Não é verdade que nós, os evangélicos, não cremos na Virgem Maria. Não é verdade que nós não amamos a mãe de Jesus. PELO CONTRÁRIO...É verdade que nós cremos na Virgem Maria. É verdade que nós a amamos.
Cremos que ela foi mulher pura e fiel.
Cremos que ela foi mãe exemplar e extremosa.
Cremos que ela foi esposa fiel e digna de todo respeito.
Cremos que foi salva e que seu espírito está no céu, com o Seu Filho Jesus e seus discípulos.
Cremos que foi mesmo Bem Aventurada entre as mulheres e escolhida para ser a mãe do Nosso SENHOR.
Cremos que ela foi amada por Seu Filho e por Deus nosso Pai.
Cremos que ela foi um caso de bênção e um instrumento nas mãos do Espírito Santo para que o Verbo Divino se encarnasse.
Cremos que ela foi mulher de oração, recebeu o Batismo com o Espírito Santo, juntamente com os apóstolos e discípulos no dia de Pentecostes.
Cremos que ela amava a Palavra de Deus e lia o Livro Sagrado com meditação profunda.
Cremos no seu exemplo vivo de fé e submissão à vontade de Deus. Cremos que devemos seguir o seu exemplo de santidade e pureza de coração, se quisermos alcançar a salvação de nossas almas.
PORÉM: Não cremos nas imagens que dela fizeram. Não cremos nas diversificação do nome de Maria.
Não cremos no poder miraculoso dessas imagens.
Não cremos na mediação de Maria ou que ela interceda por nós junto com o Nosso Senhor.
Não cremos que se deva prestar culto a ela, ou dirigir-lhe preces para que interceda por nós agora e na hora de nossa morte.

E POR QUÊ NÃO CREMOS? Não cremos nas imagens que dela fizeram, porque a Palavra de Deus que a Virgem Maria tanto amou proíbe fazer imagens de escultura. "Não farás par ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os servirás, ...". Êxodo 20:4-5, (página 134) Não cremos na diversificação do nome de Maria, porque ela foi uma só, e seu único nome registrado nas Escrituras Sagradas foi "Maria". Hoje deram-lhe dezenas de nomes como: "Nossa Senhora Aparecida", "Nossa Senhora de Fátima", "Nossa Senhora do Rosário", "Nossa Senhora do Rocio", "Nossa Senhora da Cabeça", "Nossa Senhora do Bom Parto", e tantos outros nomes e apelidos deram à mãe de Jesus, que será impossível enumerar. Isso é ridículo e depõe contra a verdadeira Virgem Maria. O amigo ou amiga leitora gostaria de ver sua mãe, com tantos apelidos? Infelizmente, o nome da Virgem Maria transformou-se numa fonte de rendas no comércio. Estará Jesus satisfeito com isso? Cremos que não.
Não cremos no poder miraculoso das imagens, porque lemos no salmo 115 B (113 que os ídolos não tem poder algum: "O nosso Deus está no céu e faz tudo o que deseja. Os ídolos deles são prata e ouro, obra de mãos humanas: tem boca, mas não falam; tem olhos, mas não vêem; tem ouvido, mas não ouvem; tem nariz, mas não cheiram; tem mãos, mas não tocam; tem pés, mas não adoram; não há um murmúrio de sua garganta. Os que os fazem ficam como eles, todos aqueles que neles confiam."Salmo 113 B, versículos 3 a 8 (página 1.079).
Não cremos na mediação da Virgem Maria, ou que ela, interceda por nós junto ao Nosso Senhor, porque a Bíblia afirma que: "Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos." 1 Timóteo 2:5 (página 2.227).
Não cremos que o Apóstolo Paulo ensinou inverdade aos primitivos cristãos. Por isso não cremos haver alem de Cristo outros mediadores.
Não cremos que se deva prestar culto ou veneração à Maria, porque lemos na Bíblia as palavras do Seu próprio Filho Jesus, reprovando esta atitude. "Enquanto ele assim falava, certa mulher levantou a voz do meio da multidão e disse-lhe: felizes (bem-aventurada) as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram! Ele (Jesus), porem respondeu: "Felizes (bem-aventurados), antes, os que ouvem a Palavra de Deus e a observam."" Lucas 11:27-28 (pág. 1.952). Não cremos que se deve dirigir preces à Virgem Maria, porque a Bíblia não lhe atribui divindade: se não é divina, não pode ouvir as orações de seus devotos. Só Deus é ONISCIENTE, ONIPOTENTE e ONIPRESENTE. Só Deus pode ouvir as orações de todos os seres humanos ao mesmo tempo, porque só Deus sabe de todas as coisas, está em todos os lugares ao mesmo tempo, e só Deus tem poder para fazer todas as coisas. A Virgem Maria não sabe de todas as coisas, não tem poder para fazer todas as coisas e não está em toda parte, pois ela está no céu.
O QUE CREMOS ENTÃO? Cremos que Maria está salva com Deus, com os anjos, com os apóstolos e com todos que à semelhança dela morreram em Cristo. Cremos que, para chegarmos onde ela está, precisamos ler a Bíblia, que ensina pedir a Jesus, com arrependimento e fé, e o perdão de nossos pecados, confirmado no Seu sangue como único meio de purificação. Cremos que precisamos nos converter de nossos maus caminhos e mudar de vida, abandonar o pecado e experimentar o novo nascimento, de que falou Jesus para alcançarmos a salvação que a Virgem Maria alcançou. Cremos que devemos viver santamente neste mundo, depois da conversão a Cristo, imitando o digno proceder da Virgem Maria e dos santos apóstolos de Nosso Senhor, se quisermos chegar onde eles estão. Cremos, também, com muita sinceridade que todos os que obedecem o imperativo, o único mandamento de Maria, serão salvos. Encontramos esse mandamento de Maria no Evangelho de João por ocasião da festa do casamento em Caná da Galiléia: "Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo o que ele (Jesus) vos disser." João 2:5 (pág. 1.898). Para fazermos o que Jesus nos manda, precisamos conhecer a Bíblia (os evangelhos). Cremos, ainda, que nós que examinamos a Bíblia e cremos nos Evangelhos, somos os que de fato, honramos a Virgem Maria, obedecendo o seu mandamento de fazer o que Jesus manda. Foi NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, que nos ordenou crer no evangelho e queremos obedecê-LO. "Arrependei-vos e crede no Evangelho". Marcos 1:15 (Pág. 1.898). Assim cremos, porque assim lemos na Bíblia. Se o amigo leitor ama a Virgem Maria, mãe de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, obedeça também o mandamento dela: Faça tudo o que Ele (Jesus) disser, examine a Bíblia, o único livro capaz de levá-lo à verdade segura e à experiência pessoal de salvação com Aquele que declarou "Toda a autoridade sobre o céu e sobre a Terra me foi entregue." Mateus 28:18.

Nota:Todas as citações bíblicas foram tiradas da Bíblia Sagrada (Bíblia de Jerusalém),tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais, impressa pela Igreja Católica Romana, Edições Paulinas, Rua Dr. Pinto Ferraz, 183 - São Paulo-SP - 4a. Impressão - Agosto de 1.989.(Os grifos são nossos.)

Extraido de: http://www.atos29.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=44&Itemid=15

quarta-feira, 4 de março de 2009

O céu pode esperar



A terra prometida não está em nenhuma latitude ou longitude específica.

Faz tempo que deixei de relacionar a salvação com a ida para o céu depois da morte. Em minha consciência religiosa, aquela noção de céu como um lugar reservado aos que foram declarados justos no tribunal de Deus ficou para trás. Hoje, ela ocupa o lugar de uma metáfora possível e legítima, especialmente para quem observa superficialmente a teologia paulina. Mas o caminho “terra-tribunal-céu” é apenas uma forma de representar a relação entre Deus e o ser humano, notadamente no que se refere ao destino eterno deste último. Mas há outras metáforas relacionando o Senhor e os homens além das figuras de juiz e réus – como, por exemplo, rei e súditos; general e soldados; senhor e escravos; mestre e discípulos. Das figuras bíblicas, a predileta de Jesus era pai e filho. Foi assim que nos ensinou a evocar e invocar o nome de Deus: “Abba”. Assim, podemos compreender que a salvação é a formação da pessoa de Jesus Cristo em cada ser humano, de modo que todos sejam conformes à imagem do unigênito filho de Deus. O ser humano criado à imagem e semelhança de Deus deve ser transformado à imagem de Jesus Cristo, “o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Colossenses 1.15,19). Nesse sentido, a salvação pode ser compreendida como processo de “humanização”, que Joshua Heschel entendia como “superação da condição humana”, ou mais precisamente, como “cristificação”, uma vez que este humano em plenitude é como Cristo, participante da natureza de Deus, conforme II Pedro 1.4.

A salvação em Jesus, portanto, é muito menos ir para determinado lugar do que tornar-se um tipo de pessoa. O que importa é a transformação do indivíduo, para que a imago Dei lhe seja restaurada, não mais à semelhança de Adão, mas do Cristo de Deus. Tal compreensão confere sentido à existência, não apenas de direção, mas de significado. Quem acorda na segunda-feira pensando no céu após a morte tende a desenvolver a fé expectante (que espera o porvir), enquanto aquele que se levanta da cama almejando ser como Cristo está mais próximo da fé enactante, ou seja, fé em ação, que está engajada no vir a ser.

O processo no qual Deus nos convida a vir a ser como Cristo pode ser deduzido de quatro eventos paradigmáticos, que por sua vez sugerem quatro estágios da peregrinação espiritual. O primeiro está contido no chamamento de Adão após seu acesso ao fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seguido de fuga. Conforme Gênesis 3.9, Deus passeia pelo jardim e o chama, dizendo: “Adão, onde você está?” Evidentemente, o Senhor não queria descobrir a localização geográfica de Adão. Sua convocação era um chamamento à responsabilidade. Adão aparece, mas ainda escondido atrás de sua mulher, e depois ambos se escondem atrás da serpente. Um passo no processo de humanização é o acolhimento da responsabilidade – e a consequente dignidade que o direito de viver e existir impõe a todo ser humano.

O segundo evento é a chamada de Abraão: “Sai da tua terra e da casa de teu pai, do meio da tua parentela, para uma terra que eu te mostrarei” (Gênesis 12.1-3). O rabino Bonder observa que nessa vocação não há endereço, só chamado: “Não se trata de uma trajetória para um lugar, mas sim de um caminho para si. Lech Lechá – assim convoca Deus a Abraão –, vá a si, até a terra que eu lhe mostrarei. O destino é o próprio meio. Simbólico da própria vida – à qual nos apegamos como se fosse a terra, a posse maior. Na fala divina, o objeto não é a terra, é o caminhar, é o ir”. Mais um passo na direção da cristificação é o seguimento de Jesus: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”, o que exige deixar tudo o mais (Mateus 4.18-20).

O terceiro evento é o momento quando Deus pergunta pelo nome de Jacó, narrado em Gênesis 32.27. A expressão “Qual é o teu nome?” quer saber da identidade real, em detrimento da identidade idealizada, projetada ou assumida. Enquanto a personagem não for desmascarada, a pessoa à imagem de Deus e do seu Cristo não encontrarão espaço. Finalmente, ouvimos Deus dizer a Moisés: “Tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êxodo 3.5). Bonder explica novamente: “A descoberta final de todo peregrino, de todo andarilho que caminha para si mesmo, é que somos fundamentalistas. Esses fundamentos são os sapatos com os quais caminhamos pela vida. Esta relação tão ambígua entre o calçado e o caminhante, entre o fundamento e a essência, ou entre a sola e o solo, é o território por onde se dirige Abraão. Esta terra prometida não está em nenhuma latitude e longitude específica. Trata-se de uma viagem não geográfica. A vulnerabilidade maior está nos fundamentos, nas crenças básicas que carregamos em nossa identidade”.

É também imprescindível passo no processo humanização-cristificação abandonar as teorias e se entregar ao mistério sagrado – de nada vale ser doutor da Lei; importa renascer: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (João 3.3).

Autor: Ed René Kivitz