segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De quem é a responsabilidade?


(Mateus 18.18 e 19)

No Haiti, mais de 1.600 pessoas morreram e mais de 24 mil foram hospitalizadas nos últimos meses, por consequência da cólera. País assolado por terremotos está agora sendo dizimado por uma bactéria que causa diarréia e desidratação, podendo levar a óbito. Doença que talvez tenha se propagado pela fome extrema que obriga as pessoas a se alimentarem de “bolinhos de terra”. Não há água e nem comida suficiente.
No Rio de Janeiro o terror impera, são dezenas de carros e ônibus incendiados em um clima de guerra. Drogas e armas são apreendidas, pessoas cativas em suas próprias casas com medo da morte. Não há paz nem mesmo para se atravessar uma rua.
Assistimos a tudo isto assentados nas nossas poltronas confortáveis e às vezes dizemos: “Misericórdia, Senhor!” Mas não fazemos nada.  
A responsabilidade é nossa quando o mundo clama por justiça, e nós, como Igreja, portadores da verdadeira Justiça, não praticamos a Palavra que nos delega autoridade.  
Lemos e até acreditamos que somos embaixadores de Cristo, mas no final de cada culto vivemos a regra do “cada um com o seu problema”. Transferimos a responsabilidade para o governo, quando a autoridade que permite ou anula ataques tão terríveis foi dada a nós como Igreja. Mas como exercer autoridade se nos posicionamos alheios a tudo isto e nem mesmo oramos?          
A responsabilidade é nossa quando não oramos, quando não agimos, quando nos calamos, quando nos omitimos, quando não reagimos, quando aceitamos o comum por normal.
A fome e o terror estão comuns, mas nunca serão normais. Jesus Cristo está voltando e nos estamos parados.                          
A responsabilidade é nossa. A responsabilidade é minha.

“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16.15)
::Nilma Gracia Araujo
nilmaraujo@hotmail.com                    
Membro da I. B.C.V.N.  Aluna do Seminário Teológico Carisma

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