domingo, 26 de dezembro de 2010

Projeto Ide 2011

Infomações gerais

Gostaria de lhes repassar informações e o procedimento para a realização das inscrições. Solicito aos amados que as repassem para os seus.

1º Solicito a oração dos irmãos. Convidem suas igrejas a estarem conosco em oração. Para que tudo que façamos não seja mérito de homens, mas sim, vontade de Deus.

2º Baixar a documentação do Ide no seguinte link:

http://www.4shared.com/file/PrJ0ONn0/DOCUMENTOS_IDE.html

OBS: Os arquivos que devem ser preenchidos e entregues a alguém da coordenação do Projeto Ide.


3º Realizar a Inscrição online no seguinte link:

https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dDRDdktxa0R5bGsydjA5QWNuQnpPVEE6MQ

OBS: O período de inscrições é até o dia 17/12/2010.


4º Efetuar o pagamento da inscrição.

CAIXA ECONOMICA FEDERAL

AGÊNCIA 0836

CONTA POUPANÇA 2210-9

OPERAÇÃO 013

TITULAR: RYVANDO BARBOSA DE SOUSA (o presidente da JUBACENTRO)

OBS: O período de pagamento é até o dia 31/12/2010.

5º Envio do comprovante scaneado por email.

Deve ser enviado para o email da jubacentro.pb@gmail.com uma cópia do comprovante de depósito como requisito para efetivação da inscrição do voluntário.

OBS: A JUBACENTRO também aceita o envio da carta de recomendação e o termo do voluntariado scaneados desde que, ambos estejam devidamente preenchidos.

Irmãos que compõe a coordenação do Projeto Ide em Damião:

Ryvando (Beto): ryvandoeu@yahoo.com.br/ 8823 - 6795 __ Presidente da JUBACENTRO

Cláudio: caduoh@gmail.com/ 8893 - 4703 __ Secretário Geral da JUBACENTRO

Érika: erikacanuto@gmail.com/ 8886 - 8516

Pastor Sérgio (Casserengue): pastorsergio10@hotmail.com/ 8123 - 7938


Só é considerado voluntário a pessoa que realiza todo o procedimento acima descrito e entrega toda a documentação referente ao projeto.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De quem é a responsabilidade?


(Mateus 18.18 e 19)

No Haiti, mais de 1.600 pessoas morreram e mais de 24 mil foram hospitalizadas nos últimos meses, por consequência da cólera. País assolado por terremotos está agora sendo dizimado por uma bactéria que causa diarréia e desidratação, podendo levar a óbito. Doença que talvez tenha se propagado pela fome extrema que obriga as pessoas a se alimentarem de “bolinhos de terra”. Não há água e nem comida suficiente.
No Rio de Janeiro o terror impera, são dezenas de carros e ônibus incendiados em um clima de guerra. Drogas e armas são apreendidas, pessoas cativas em suas próprias casas com medo da morte. Não há paz nem mesmo para se atravessar uma rua.
Assistimos a tudo isto assentados nas nossas poltronas confortáveis e às vezes dizemos: “Misericórdia, Senhor!” Mas não fazemos nada.  
A responsabilidade é nossa quando o mundo clama por justiça, e nós, como Igreja, portadores da verdadeira Justiça, não praticamos a Palavra que nos delega autoridade.  
Lemos e até acreditamos que somos embaixadores de Cristo, mas no final de cada culto vivemos a regra do “cada um com o seu problema”. Transferimos a responsabilidade para o governo, quando a autoridade que permite ou anula ataques tão terríveis foi dada a nós como Igreja. Mas como exercer autoridade se nos posicionamos alheios a tudo isto e nem mesmo oramos?          
A responsabilidade é nossa quando não oramos, quando não agimos, quando nos calamos, quando nos omitimos, quando não reagimos, quando aceitamos o comum por normal.
A fome e o terror estão comuns, mas nunca serão normais. Jesus Cristo está voltando e nos estamos parados.                          
A responsabilidade é nossa. A responsabilidade é minha.

“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16.15)
::Nilma Gracia Araujo
nilmaraujo@hotmail.com                    
Membro da I. B.C.V.N.  Aluna do Seminário Teológico Carisma

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

INFORMAÇÕES PARA O IDE EM DAMIÃO!

Saudações em Cristo,


“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”

Queridos irmãos, eis que se aproxima mais um Projeto Ide e, a convocação dos chamados já foi realizada. Direcionados pelo envio do Senhor Jesus em Mateus 28:19, todo o povo batista será, mais uma vez, reunido para sermos testemunhas vivas do agir de Deus aos paraibanos, agora a cidade-alvo é Damião.

Nessa nova edição do projeto algumas alterações foram realizadas, culminando em uma nova dinâmica, com metas bem específicas para os voluntários, tornando o discipulado das pessoas a ênfase de todo do o projeto.

Para isso, algumas medidas foram tomadas levando em consideração a melhoria do projeto, são elas:

· O período do projeto passou de 3 para 8 dias;

· O alvo passa da evangelização para o discipulado de todas as pessoas da cidade-alvo;

· As inscrições para as equipes de teatro, música e dança agora possuem período específico (até o dia 07/12/2010);

· Os treinamentos do projeto serão realizados no dia 15/01/2011 na cidade-alvo;

· Cada voluntário terá direito a duas camisas;

Para participar do Projeto Ide todo voluntário, membro de igreja batista, filiada a convenção batista brasileira deve acessar o blog da JUBACENTRO – www.jubacentro.blogspot.com – e preencher a ficha online além de baixar os documentos do Ide e entregá-los preenchidos para efetivar a inscrição. Além disso, deverá ser efetuado o depósito de 50 reais na CEF na AGÊNCIA 0836, CONTA POUPANÇA 2210-9 e OPERAÇÃO 013.

Toda documentação, a CARTA DE RECOMENDAÇÃO DA IGREJA e uma CÓPIA DO COMPROVANTE DE DEPÓSITO, deve ser entregue a um membro da diretoria do projeto para que a inscrição seja considerada válida.

As inscrições serão realizadas até o dia 17/12/2010, com possibilidade para efetivação até o dia 31/12/2010, após isso não serão consideradas inscrições sobre nenhuma hipótese.

Observações: o comprovante de depósito não precisa ser, necessariamente, um único cupom. Para a JUBACENTRO o que interessa não é a quantidade de depósitos realizados por uma determinada pessoa, mas que o valor obtido por qualquer quantidade de comprovantes resulte no valor da inscrição, caso contrário, não será efetivado a inscrição;
Após o dia 07/12 as equipes do teatro, música e dança começaram a participar dos ensaios para o Ide 2011;
A conta citada anteriormente está no nome de RYVANDO BARBOSA DE SOUSA que é Beto, o presidente da JUBACENTRO.

Cláudio Pereira da Costa
Secretário Geral da JUBACENTRO

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PROJETO IDE 2011 em Damião

Conheça a cidade do próximo Projeto IDE,

Damião Paraíba - PB

Histórico
Sua história começou na primeira metade do século XIX, sua emancipação proporcionou-se no dia 29 de abril de 1994, sendo sua instalação no dia 01 de janeiro de 1997.
Foi a propriedade de José do Santos de Oliveira. Situada à margem direita do rio Curimataú que deu origem ao atual Município de Damião, o nome atribuído pela "barra" resultante do encontro dos rios Santa Rosa e Poleiro. O povoado iniciado em 1888, com uma realização de uma feira livre no local , tornou-se ponto de encontro de comerciantes e homens de negócio, provocando a vinda de muitas famílias para a região.
Gentílico: damiãoense

Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Damião, pela lei estadual nº 4155, de 20-061980, subordinado ao município de Barra de Santa Rosa.
Em divisão territorial datada de I-VII-1983, o distrito de Damião, figura no município de Barra de Santa Rosa.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-I-1991.
Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Damião, pela lei estadual nº 5924, de 29-04-1994, desmembrado de Barra de Santa Rosa. Sede no atual distrito de Damião ex-povoado. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1997.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE

sábado, 9 de outubro de 2010

Diga SIM à liberdade religiosa!


"Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade."
1 João 3.18

A Organização da Conferência Islâmica, que compreende 57 países, sendo a maioria de população muçulmana, apresentará mais uma vez a Resolução da Difamação da Religião na Assembleia Geral das Nações Unidas, no final deste ano.

Seguindo uma mobilização global organizada pela Portas Abertas Internacional, o underground, ministério de jovens da Missão Portas Abertas, iniciou dia 1° de outubro a campanha Free to Believe, que tem o objetivo de arrecadar assinaturas em todo o país e unir-se a milhões de outros cristãos ao redor do mundo para se posicionar contra a Resolução da Difamação da Religião.

Essa resolução dá ao governo, o poder para determinar quais visões religiosas podem ou não podem se expressar nesses países predominantemente islâmicos. E ainda, dá ao estado o direito de punir aqueles que expressam posições religiosas "inaceitáveis", de acordo com eles. Portanto, a resolução, na verdade, legaliza a perseguição.

O abaixo-assinado servirá para demonstrar descontentamento e preocupação por parte dos cristãos brasileiros, mas, além disso, conscientizar a Igreja no país de que ela pode fazer diferença e atuar em favor daqueles que necessitam. O intuito é engajar os jovens, seus amigos, igreja, familiares, colegas de classe etc. para que essa resolução seja derrotada.

Quanto mais nomes forem arrecadados em todo o mundo, mais chance haverá de que a ONU não a aprove.

No Brasil, o abaixo-assinado pode ser preenchido online ou por meio de download do arquivo que pode ser impresso quantas vezes forem necessárias. Na página da campanha, existem recursos disponíveis como vídeos e material em Powerpoint. Para mais informações sobre a campanha Free to Believe, acesse www.portasabertas.org.br/freetobelieve ou ligue para (11) 5181 3330.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Marina Silva avalia seu desempenho nas eleições como um Davi enfrentando Golias

A candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, disse neste domingo que, nesta campanha eleitoral, foi um “Davi” que enfrentou “Golias”, em referência a seus principais adversários, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

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“Que Deus abençoe nosso país, nossa oração, e que seja feito o melhor para o Brasil. Foi uma luta de Davi contra Golias. Acertamos a primeira pedra, quebramos o plebiscito e promovemos o debate”, declarou Marina antes de votar em Rio Branco, capital do Acre, estado onde nasceu.

O comentário de Marina foi uma referência à polarização das campanhas presidenciais entre o PT e o PSDB, enquanto o PV se apresenta como uma alternativa.

Pelas últimas pesquisas divulgadas na noite de sábado pelo Ibope e pelo Datafolha, Marina obteria 17% dos votos válidos (excluídos os brancos e nulos), com os quais ficaria em terceiro lugar na disputa presidencial.

A favorita é Dilma, apadrinhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem as pesquisas preveem entre 50% e 51% dos votos, com os quais estaria no limite de ganhar a Presidência já no primeiro turno.

O segundo é Serra, do PSDB, que detém 31% das intenções de votos e seria rival de Dilma em um eventual segundo turno, em 31 de outubro.

Apesar das pesquisas não a favorecerem, a candidata mostrou-se confiante de que “haverá outra eleição”, em referência ao segundo turno.

Marina Silva votou em um colégio eleitoral na sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Rio Branco, onde chegou após fazer uma oração com um pastor da igreja evangélica à qual pertence.

Fonte: Veja / Gospel+
Via: Creio

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pesquisa indica que maioria dos jovens que entram na faculdade se desviam da igreja

Pesquisa realizada por Steve Hernderson, presidente do Instituto Christian Consulting for Colleges and Ministries demonstrou que cerca de 58% dos jovens cristãos nos Estados Unidos se afastaram da Igreja ao ingressar à universidade.
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A pesquisa foi também aplicada dentro das universidades brasileiras e o resultado foi o mesmo.

Para muitos jovens o primeiro contato com a universidade é conflituoso. Novos contatos, relacionamentos e muitas vezes conflito de idéias. O repórter e humorista Danilo Gentili, do programa CQC, da Rede Bandeirantes de Televisão, de forma sarcástica, sintetizou neste final de semana em entrevista à Contigo, o que acontece nestes ambientes. “Faculdade serve para ir ao bar e fumar maconha, mas nem isso eu fiz” afirmou Gentili, que segundo declarações anteriores, foi criado na Igreja Batista e tinha o sonho de se tornar pastor. O publicitário desistiu do desejo após ser expulso por mau comportamento.

A pesquisa com o título ‘Uma questão de valor versus custo’, mostrou que 58¨% dos jovens cristãos se afastaram da igreja ao ingressar na faculdade, evidenciou o despreparo que muitos deles têm para enfrentar os conflitos da vida acadêmica. “Não podemos pensar em preparar o jovem cristão apenas para resistir à universidade, porque um dia ela terminará, mas prepará-lo para a vida cristã, familiar, profissional e pessoal. Trata-se de um investido não apenas parte da vida do jovem”, declara Helder Cardin, professor no Seminário Palavra da Vida, em Atibaia (SP). O pesquisador se aprofundou no estudo, lembrou ainda que apesar da distância geográfica o comportamento e questionamento são comuns nos dois países. No caso do Palavra da Vida o curso é ministrado antes do ingresso ao terceiro grau e tem foco no estudo teológico e palavra.

Fonte: Creio / Gospel+
Via: Portal Gospel TV

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

IGREJA NÃO FAZ ALIANÇA POLÍTICA



Preletor: Ed René Kivitz
Há cinco razões para este posicionamento

Igreja não apoia candidato. Igreja não se envolve com política partidária. Há pelo menos cinco razões para este posicionamento.

Primeira: o Estado é laico. Igreja e Estado são instituições distintas e autônomas entre si. É inadmissível que, em nome da religião, os cidadãos livres sofram pressões ideológicas. Assim como é deplorável que os religiosos livres sofram pressões ideológicas perpetradas pelo Estado. É incoerente que um Estado de Direito tenha feriados santos, expressões religiosas gravadas em suas cédulas de dinheiro, espaços e recursos públicos loteados entre segmentos religiosos institucionais. É uma vergonha que líderes espirituais emprestem sua credibilidade em questão de fé para servir aos interesses efêmeros e dúbios (em termos de postulados ideológicos e valores morais) da política eleitoral ou eleitoreira.

Segunda: o voto é uma prerrogativa do cidadão. Assim como os clubes de futebol, as organizações não governamentais, as entidades de classe, as associações culturais e as instituições filantrópicas não votam, também a igreja não vota. Quem vota é o cidadão. O cidadão pode ser influenciado, melhor seria, educado, por todos os segmentos organizados da sociedade civil, inclusive a igreja. Mas quem vota é o cidadão.

Terceira:
a igreja é um espaço democrático. A igreja é lugar para todos os cidadãos, independentemente de raça, sexo, classe social e, no caso, opção política. A igreja é lugar do vereador de um lado, do deputado de outro lado, e do senador que não sabe de que lado está. A igreja que abraça uma candidatura específica ou faz uma aliança partidária, direta e indiretamente rejeita e marginaliza aqueles dentre seu rebanho que fizeram opções diferentes.

Quarta: a igreja não tem autoridade histórica para se envolver em política. Na verdade, não se trata apenas de uma questão a respeito da igreja cristã, mas de toda e qualquer expressão religiosa institucional. A mistura entre política e religião é responsável pelos maiores males da história da humanidade. Os católicos na Península Ibérica e em toda a Europa Ocidental. Os protestantes na Índia. Os católicos e os protestantes na Irlanda. Os judeus no Oriente Médio. Os islâmicos na Europa e na América. Todos estes cometeram o pior dos crimes: matar em nome de Deus. Saramago disse com propriedade que “as religiões, todas elas, sem exceção, nunca serviram para aproximar e congraçar os homens, que, pelo contrário, foram e continuam a ser causa de sofrimentos inenarráveis, de morticínios, de monstruosas violências físicas e espirituais que constituem um dos mais tenebrosos capítulos da miserável história humana”.

Quinta:
o papel social da igreja é profético. Quando o governo acerta a igreja aplaude. Quando o governo erra a igreja denuncia. Quando a autoridade civil cumpre seu papel institucional a igreja acata. Quando a autoridade civil trai seu papel institucional a igreja se rebela. A igreja não está do lado do governo, nem da oposição. A igreja está do lado da justiça.

Todo cristão é também cidadão. Todo cristão deve exercer sua cidadania à luz dos valores do reino de Deus e do melhor e máximo possível da ética cristã, somando forças em todos os processos solidários, e engajado em todos os movimentos de justiça.

Comparecer às urnas é um ato intransferível de cidadania, um direito inalienável que custou caro às gerações do passado recente do Brasil, e uma oportunidade de cooperar, ainda que de maneira mínima, na construção de uma sociedade livre, justa e pacífica.

http://www.creio.com.br/2008/mensagens01.asp?noticia=574

sábado, 24 de julho de 2010

Tradutores acreditam em versões da Bíblia para todos os idiomas até 2025


Wycliffe Bible Translators acredita que todas as línguas faladas no mundo podem ter parte da Bíblia escrita em sua língua materna dentro de 15 anos.A Wycliffe Bible Translators, a organização mundial de tradução da Bíblia, acredita que a tradução da Bíblia em todas as restantes 2.200 línguas utilizadas por cerca de 350 milhões de pessoas é possível até 2025.

O homem responsável por levantar 1 bilhão de dólares necessários para o esforço, que chamou de Campanha do último Idioma (Last Language Campaign), acredita que Deus irá fornecer pessoas e dinheiro para, finalmente, terminar o esforço de mais de 2.000 anos.

"Com a provisão de Deus passamos por uma crise financeira e durante o mesmo ano com a crise financeira, temos o nosso melhor ano de todos em número de traduções já iniciadas," disse Paul Edwards, diretor executivo da Campanha do último Idioma da Wycliffe, para o The Christian Post.

"Aparentemente, Deus está menos preocupado com o dinheiro e ele está mais preocupado em a sua Palavra ser liberada."

A Campanha do último Idioma lançada em Novembro de 2008, com o objetivo de proporcionar a alfabetização, informação sobre saúde de salvar vidas, e Bíblia para todos os pequenos grupos de idioma do mundo em necessidade de desenvolvimento em 2025. Desde o lançamento, a Wycliffe recebeu uma autorização total de US $ 184 milhões.

Rápida Velocidade de Translação

Edwards disse que muitos fatores estão contribuindo para a velocidade rápida de tradução da Bíblia ao longo dos últimos anos.

Já em 1999, a Wycliffe estimou que levaria oito gerações, ou cerca de 140 a 150 anos, antes de ver a última tradução iniciada. Em 1999, o grupo teve em média 20 novas traduções começando a cada ano e faltavam cerca de 3.000 línguas.

Mas 10 anos depois, a Wycliffe tinha 109 traduções iniciadas em 2009. A média de nova tradução iniciada para os últimos 10 anos é de 75, observou Edwards.

O diretor da Campanha do último Idioma creditou tecnologia e novas abordagens para a tradução para o aumento da velocidade.

O software de computador permite que os tradutores, razoavelmente, prevejam com precisão o resto do parágrafo, após entrarem com algumas palavras fonéticas. Também um pequeno satélite, alimentado por bateria e um laptop permite que um tradutor verifique seu tradutor com um tradutor mestre em algum lugar do mundo, com pouco esforço.

Anteriormente, o tradutor tinha que levar à mão a tradução de um parágrafo a partir da selva rural, por horas, usando barcos e caminhões e, em seguida, voar 20-50 horas só de ida para obter isso checado. Agora, com o satélite movido a bateria e laptop, os tradutores podem apresentar apenas online a sua tradução e horas mais tarde um tradutor mestre responde "é extraordinária a compressão do tempo," disse Edwards em reverência.

A Wycliffe também está usando uma nova abordagem com tradução com equipes de grupos ou clusters de tradução de línguas semelhantes ao mesmo tempo. Muitas equipes de tradução em todo o mundo estão trabalhando de cinco para 12 línguas semelhantes ao mesmo tempo, por isso, se um grupo de idiomas recebe um relato do Evangelho, então do mesmo modo fazem outros grupos de língua.

Outra inovação é não usar a cronologia para determinar o ponto de partida de tradução. Em vez disso, as equipes traduzem as histórias do Novo Testamento, que podem então ser rapidamente compartilhadas por contadores de história orais com os moradores. A ?linha de frente" tradutor também é alterada a partir de missionários ocidentais para um indígena.

"Nossa metodologia antiga era ?Uma equipe, para uma língua, por uma vida," disse Edwards. "Nós poderíamos chamá-la de abordagem clássica."

Mas agora, a Wycliffe tenta encontrar o maior número possível de clusters para a campanha. No entanto, algumas línguas ainda precisam ser traduzidas por "Uma equipe ... por uma vida."

"Nossa esperança e desejo quando olhamos para 2010-2011 é que as Igrejas norte-americanas possam acordar para escolher e dedicar-se a esse emocionante final," disse Edwards. "Você pode citar um outro movimento contínuo de 2.000 anos que vai ter seu fechamento em nossa vida?"

Há um total de 6.905 línguas faladas no mundo e cerca de um terço não têm escrituras na sua língua materna.

Fonte: Christian Post

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Comunhão portenha


Pastores da Grande Buenos Aires fazem de seu Conselho um instrumento inovador de evangelização, ação social e socorro mútuo

Aquele último culto, num domingo de 2007, foi marcado pela desolação dos membros. Às vésperas de fechar as portas, o líder da pequena igreja pentecostal escreveu um e-mail para o colega Norberto Saracco pedindo oração. A congregação perderia seu templo em Buenos Aires, a capital argentina, a menos que pagasse o equivalente a 25 mil dólares para resolver um processo legal de longa data em relação à propriedade. Parecia não haver saída, pois o valor equivalia a quase um ano de arrecadação da igreja. Saracco, da Igreja Boas Novas e integrante do Conselho de Pastores da cidade, fez as orações pedidas e algo mais. Ele enviou a seguinte resposta: “Não podemos permitir que uma igreja feche em Buenos Aires”. Dois dias depois, pastores de várias denominações haviam doado o dinheiro necessário. “Quando dizemos que há somente uma Igreja em Buenos Aires, estas são as consequências“, explica Saracco. “Se queremos uma Igreja forte na cidade, cada igreja local tem que ser forte também”.

As palavras do religioso expressam o espírito daquela que é hoje, talvez, a maior experiência de unificação de igrejas de uma grande cidade em todo o mundo. Em um país sem forte tradição evangélica, a Igreja argentina tem visto uma iniciativa pouco comum: uma tentativa de unificação. Não se pretende montar uma única megaigreja onde todos congreguem, mas sim, resgatar um conceito bíblico simples, o da unidade em Cristo. “Toda vez que o Novo Testamento fala da igreja em uma cidade, como Éfeso ou Corinto, é sempre no singular, não no plural”, diz Carlos Mraida, pastor da Primeira Igreja Batista do Centro de Buenos Aires. “Entretanto, quando o Novo Testamento fala de liderança em uma cidade, é sempre no plural. A igreja é singular, mas a liderança é plural”.

Pluralidade tem sido mesmo a palavra de ordem entre cerca de 150 igrejas evangélicas da Grande Buenos Aires, um aglomerado urbano com 13 milhões de habitantes. Desde que foi montada, a entidade tem atraído cada vez mais líderes. Os pastores reúnem-se mensalmente para orar, confraternizar, traçar planos de ação comum e, se for o caso, socorrer-se mutuamente. Não é preciso abrir mão das próprias convicções, nem existe qualquer patrulhamento teológico. Pentecostais convivem com históricos na maior harmonia. “Estamos de acordo apenas sobre os elementos centrais, como a Trindade, a morte de Jesus na cruz e sua segunda vinda, por exemplo”, explica Juan Pablo Bongorrá, pastor da Igreja Portas Abertas. Os quase 200 membros do Conselho de Pastores de Buenos Aires continuam a divergir sobre temas como o divórcio, batismo pelo Espírito Santo e formas de realizar o culto. “Aceitamos a diferença como uma riqueza. Seria ruim se todas as igrejas fossem iguais. Imagine se Deus tivesse criado apenas um tipo de flor, como isso seria chato”, compara.

Ao invés disso, as igrejas ligadas ao órgão estão fazendo trocas importantes. “Hoje, as igrejas mais tradicionais estão ajudando as congregações avivadas a fazer mais trabalhos sociais, e estas incentivam aquelas a realizar mais trabalhos evangelísticos”, explica o pastor, que é um dos cinco dirigentes do Conselho. O resultado é uma força conjunta capaz de influenciar mais a sociedade argentina, já que conselhos semelhantes têm se reproduzido em outras regiões do país. Foi assim em novembro do ano passado, quando os evangélicos uniram-se para confrontar o governo e o legislativo na questão do casamento gay, e na recente crise econômica do país. “O mais importante é a mentalidade de que a unidade é um processo contínuo, não um evento”, acredita Mraida.

Reconciliação – Inicialmente, os crentes portenhos – como são conhecidos os moradores da cidade – tentaram iniciar um movimento de unidade após a cruzada que o evangelista americano Billy Graham realizou ali, em 1962. Anos depois, outra cruzada, desta vez do pregador Luis Palau, em 1977, encetou algumas iniciativas naquela direção, mas sem sucesso. Não que houvesse contenda entre os crentes – “as igrejas aqui nunca foram hostis ou competitivas”, garante o pastor Bongorrá –, mas cada igreja estabelecia e perseguia seus próprios objetivos. Um novo espírito de unidade surgiu no início dos anos 1980, quando centenas de cidades formaram conselhos de pastores, alguns com mais de mil membros. O de Buenos Aires foi montado em 1982 por Bongorrá, Saracco e Mraida, junto com o carismático pastor Jorge Himitián e o ministro batista Pablo Medeiros. “O ponto de partida foi criar e desenvolver a amizade entre os pastores”, diz Saracco, “já que é mais fácil unir pessoas do que denominações”.

Uma das primeiras ações do grupo foi a reconciliação sobre os erros do passado recente. A Argentina engatinhava na redemocratização, após a sangrenta Guerra Suja da década anterior, período em que os militares governaram o país com mão de ferro, e o trauma do conflito contra o Reino Unido pela posse das ilhas Malvinas. “O tumulto político no país criou uma profunda divisão entre as igrejas que defendiam os direitos humanos e aquelas que permaneceram em silêncio”, diz Saracco. O ponto alto foi um grande evento no qual o Conselho pediu aos dois lados para perdoarem um ao outro em frente aos 250 mil congregados. O ato teve um efeito purificador.

Quando ficou claro que uma estrutura formalizada, com cargos tradicionais e instâncias administrativas, levaria o grupo à inação, os pastores optaram por outra tática. “Mudamos a mentalidade”, lembra Bongorrá. “Resolvemos trabalhar como igreja e nos concentrar nos dons espirituais”. O movimento de unidade logo mudou o foco da ideia de uma simples comunhão entre pastores para o conceito de “igrejas ajudando igrejas”. Quando uma Igreja Anglicana foi forçada a encerrar seu programa de Escola Dominical em 2008 por falta de professores, levando a um êxodo de famílias, a congregação pentecostal liderada por Saracco enviou quatro voluntários para executar um programa de educação bíblica. Noutra ocasião, um pastor do subúrbio pediu socorro porque o colégio que a igreja mantinha estava na bancarrota. Em resposta, o Conselho uniu-se para pagar dívidas com impostos e salários dos professores.

A estrutura flexível é considerada uma das chaves para o sucesso. Outra é ter algo para fazer em unidade. “Durante muitos anos, não tínhamos um projeto comum”, diz Bongarrá. “Agora, os pastores estão se juntando cada vez mais a nós – porque é bom orar juntos e ter um bom tempo de comunhão –, mas, também, porque as pessoas estão mais felizes por terem algo para fazer em unidade, um objetivo comum”. O trabalho do Conselho da capital tem chamado a atenção. A Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da República Argentina (Aciera) fez uma convocação para que todos os conselhos de pastores de outras cidades e províncias do país comparecessem a um evento no Seminário Batista de Buenos Aires em abril. Ali, os pastores portenhos falaram de sua experiência.

“Paradigma bíblico” – Mas o desafio é grande. Embora num ritmo bem menor que o brasileiro, as igrejas também estão crescendo numericamente na Argentina. Hoje, a quantidade de evangélicos do país chega a 3 milhões de pessoas (pouco menos de 10% da população), a maioria, pentecostais. “Apesar disso, o Reino de Deus não tem sido estabelecido”, preocupa-se o pastor Carlos Mraida. “A cidade fora dos muros da igreja está muito pior em quase todos os quesitos espirituais e seculares”, reconhece. Ele conta que, ao longo de seus 24 anos de ministério, viu que, quando cada um cuida de fazer só o próprio trabalho, o avanço é modesto. “Jesus disse que uma única exigência para vermos o avivamento é que sejamos um, a fim de que o mundo creia, conforme João 17. Temos que voltar a um paradigma bíblico.”

Nos últimos quatro anos, Mraida tem convidado pastores de diferentes denominações para servir mensalmente a Ceia do Senhor na sua congregação. Ele mesmo já foi beneficiário da mutualidade que ajuda a fomentar. Quando a Igreja Batista que dirige estava construindo um novo santuário, a Igreja Visão do Futuro, do pastor Omar Cabrera, localizada a apenas 10 quarteirões, contribuiu com 70 mil pesos (cerca de R$ 35 mil em valores de hoje) para compra de cimento. “Indagaram-me porque estávamos ajudando a construir outra igreja tão perto de nós”, lembra Cabrera. “Respondi simplesmente que estávamos no mesmo time”.

Ultimamente, as prioridades do Conselho de Pastores têm sido a oração e a evangelização. Em junho de 2008, a entidade organizou a primeira campanha de 40 dias de oração, encerrada com uma vigília de três noites ao ar livre, em frente ao Congresso do país. Ano passado, a coisa se repetiu, e em 2010 estendeu-se para cinquenta dias, a partir da Páscoa. Agora, está em pleno andamento uma mobilização para que os crentes portenhos assumam uma responsabilidade espiritual por sua cidade. Voluntários concordaram em orar por cada um dos 12 mil quarteirões da Região Metropolitana. Periodicamente, eles percorrem as ruas distribuindo folhetos e falando de Jesus aos moradores.

Hoje, o Conselho já possui sete mil quarteirões cobertos por voluntários de 100 igrejas locais, e os pastores estão confiantes de que, até o fim do ano, toda a Grande Buenos Aires estará debaixo de oração e ação evangelística. Outra campanha promove os valores cristãos através da veiculação de mensagens temáticas, tendo como base o slogan “A Argentina que Deus quer é possível com Jesus Cristo”. A cada duas semanas, as mensagens são divulgadas através de jornais, rádios, outdoors e panfletos. Muitos pastores reforçam os anúncios atrelando seus sermões ao tema de cada semana. Os custos são cobertos por um pool de igrejas dirigidas pelos pastores do Conselho. As congregações têm sido tão entusiastas que as ofertas para o órgão – normalmente inferiores a dois mil pesos por mês – totalizaram a espantosa quantia de 750 mil pesos (R$ 375 mil) em cinco meses.

Originalidade – O último exemplo de evangelização unificada de toda a cidade foi o envio, em fevereiro deste ano, de missionários para a África do Norte, representando toda a Igreja de Buenos Aires. Trata-se de uma outra inovação, já que até então os obreiros transculturais eram enviados por igrejas locais ou agências missionárias. “Esse envio unificado é um modelo para viabilizar a obra missionária e torná-la possível para a realidade econômica da América Latina”, elogia o presidente internacional da Cooperação Missionária Iberoamericana (Comibam), David Ruiz. “O sucesso em Buenos Aires vem em um momento em que os grupos tradicionais de unidade da América Latina – como a Confraternidade Evangélica Latinoamericana e o Conselho Latinoamericano de Igrejas – estão em vias de extinção ou perda de relevância.”

Atual diretor-adjunto Comissão de Aliança Missionária Evangélica Mundial, Ruiz acredita que o Conselho de Buenos Aires é um órgão muito original. “A maioria das alianças evangélicas estão enfrentando uma crise de identidade, e esta entidade está trazendo uma alternativa para a unidade da Igreja no continente”. O líder teológico René Padilla, presidente emérito da Fundação Kairós de Buenos Aires, diz que a iniciativa representa o novo. Embora reconheça a importância do trabalho, ele observa que sua influência ainda não se faz sentir fora da cidade. “Ainda existem grandes divisões entre os grupos de igrejas principais e conservadoras”, aponta. “Há sinais encorajadores de pessoas se relacionando entre as denominações, mas ainda há um longo caminho a percorrer”.

Contudo, Norberto Saracco e seus companheiros de ministério parecem não ter pressa. “A nossa visão e nossa tarefa são uma questão de fé. Estamos conscientes das nossas diferenças hoje, e sabemos que possivelmente não veremos o fim delas durante a nossa vida Talvez isso demore cem, duzentos ou 300 anos, não sabemos. Mas Abraão foi o pai da fé porque acreditou, não porque viu”, observa.

Extraído de: http://cristianismohoje.com.br/ch/comunhao-portenha/

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Computador casamenteiro

Sites evangélicos de namoro crescem no país, na esteira de um filão que não para de crescer: o dos crentes solitários

Jovem, bonita, estudante de psicologia e membro atuante da Igreja Sara Nossa Terra na cidade de Florianópolis. A catarinense Nathália Smania Navarro, 21 anos, não se encaixa muito bem na imagem que a maioria das pessoas pode ter de alguém que procura um relacionamento em sites de namoros. Na verdade, nem Nathália imaginava que poderia encontrar um homem especial pela internet – até topar com a propaganda do RomanceCristão.com no Orkut, ela nem sabia que esse tipo de serviço existia. No entanto, sem ter mais nenhum amigo online às duas horas da madrugada, resolveu experimentar, meio que de brincadeira ou por pura curiosidade, e se cadastrou no site. “Meu pensamento era de que nesse tipo de serviço só veria pessoas que não encontram ninguém em suas igrejas por algum motivo. E eu também não iria querer ninguém de site”, lembra. Qual não foi a surpresa de Nathália ao encontrar ali André, que mora em Ouro Preto (MG) e atua como jogador de futebol. “No mesmo dia que me cadastrei, vi a foto dele e pensei: ‘Senhor Jesus! Que menino é este?’”, brinca. Na mesma hora, a moça mandou um recado para André e dois dias depois começaram a conversar à distância. Mas só depois de três encontros pessoais é que decidiram atar um namoro. A relação vai bem, obrigado.

Essa facilidade virtual de se encontrar e fazer relacionamentos tem conquistado muitos brasileiros. Segundo uma pesquisa divulgada pela Nielsen, empresa especialista em comportamento do consumidor, o Brasil é o país com o maior número de internautas usando sites de relacionamento. Atualmente, 80% dos brasileiros que navegam na internet estão ligados aos sites que a empresa de pesquisas chama de comunidades de membros, que incluem blogs e redes como o já popularizado Orkut, o Facebook e sites de namoro virtual. Para o público evangélico, os sites de relacionamento começaram em 2003 e um dos pioneiros foi o AmorEmCristo.com, que hoje afirma estar próximo de 1 milhão de usuários cadastrados – 60% dos quais, mulheres. “Somos o maior site de relacionamento evangélico do Brasil”, afirma o CEO Carlos Vinicius Buzulin de Souza. Segundo ele, a proposta vai muito além do interesse comercial, mas constitui um verdadeiro ministério. “Temos os princípios bíblicos como base para tudo que fazemos no site, desde uma resposta de e-mail a uma aprovação de foto”, garante.

Cinco anos depois da chegada do pioneiro AmorEmCristo.com, o mercado de serviços de namoros evangélicos ainda se mostrava carente de opções. Até então, o que havia eram iniciativas como as agências matrimonias, como a Anelo e a Aliança Evangélica, surgidas nos anos 1990. O interessado pagava uma taxa para deixar ali registrados os seus dados pessoais e preferências em relação ao futuro cônjuge, e possíveis pretendentes tinham de fazer contato com a empresa e colocar-se à disposição para um contato. Agora, a coisa se profissionalizou. “Com uma bagagem de dez anos da equipe em relacionamentos online, sentíamos a falta de um serviço sério para namoro e casamento aqui no Brasil”, diz Marcos Vieira, diretor da equipe que criou o RomanceCristão.com, em 2008. Com quase dois anos de trabalho, o site anuncia ter hoje quase 400 mil cristãos brasileiros cadastrados. “Nosso primeiro objetivo é atingir a marca de um milhão de cristãos. Queremos ser uma referência, o maior site de namoro cristão no Brasil. E estamos no caminho certo”, orgulha-se Vieira. O texto de abertura do site já diz tudo: “Encontre pessoas que compartilham a mesma fé e têm o mesmo objetivo que você: encontar uma pessoa para romance, namoro e casamento.

Concorrência sentimental – O crescente mercado do amor evangélico no Brasil atrai até multinacionais. Caso do recém-chegado Divino Amor, que lançou um site de encontros especializado neste público em novembro do 2009. Ligado ao grupo francês Meetic, empresa de capital aberto com ações na Bolsa de Valores e tudo, o site já opera em 22 países. Donos de outro site de relacionamento aqui no Brasil, o Par Perfeito, o grupo descobriu o filão evangélico por funcionários que professam a religião. “Possuímos 21 milhões de clientes no Par Perfeito, sendo que oito por cento deles se identificam como evangélicos”, explica o presidente da corporação para América Latina, Claudio Gandelman. O objetivo do grupo é ambicioso: atrair 500 mil usuários para o Divino Amor já no primeiro ano.

“Notamos que muitos evangélicos acabam frequentando somente sua congregação e não conhecem pessoas de outras igrejas ou mesmo de outras localidades. Podemos ajudar muito neste sentido, pois cobrimos as 30 principais igrejas evangélicas brasileiras”, explica Gandelman. Os três sites concorrem pelo mesmo tipo de público, ou clientela, como se preferir. São pessoas com a evangélica Nathália, que estava sozinha havia quatro meses quando se deparou com André. A estudante afirma que, como muitas mulheres evangélicas, via dificuldade em identificar rapazes comprometidos com o Evangelho. Além disso, como crente atuante em sua denominação – ela atua com discipulado, orientando outras moças na vida espiritual –, normalmente não sobrava tempo para procurar sua cara-metade entre os irmãos. Afinal, todo crente aprende, desde a Escola Dominical Infantil, que igreja é lugar de adoração a Deus. “É difícil conhecer alguém interessante”, admite. “Olhar para o lado é fácil, mas parar, conversar e conhecer a pessoa é realmente complicado quando se está muito envolvido com a obra do Senhor”.

A experiência da estudante Nathália é a de muitas mulheres solteiras, viúvas ou divorciadas espalhadas pelas igrejas brasileiras. E o futuro não parece muito promissor para o sexo feminino, dentro ou fora dos arraiais protestantes. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais, realizada em 2007, a população brasileira era de 187 milhões de habitantes. Desse total, cerca de 96 milhões eram mulheres – ou seja, o chamado sexo frágil leva uma vantagem numérica da ordem de cinco milhões de pessoas. Ainda segundo a pesquisa, o aumento da proporção de mulheres em relação a homens é uma tendência demográfica no Brasil – ou seja, a cada nova pesquisa, os resultados mostram que a população feminina tem aumentado cada vez mais em relação à masculina. Essa tendência, é claro, se reflete dentro da igreja, com o agravante de que as mulheres normalmente são muito mais sensíveis ao Evangelho do que os homens. Estima-se que, de cada dez evangélicos no Brasil, 6,9 são mulheres. Os estudos corroboram o que todo crente sabe: há muito mais mulheres nos templos do que homens.

Sozinha – ou single, com preferem alguns – há cinco anos e há três usando sites de relacionamento evangélicos, a fisioterapeuta Silvani Rodrigues Souza, 39 anos, frequenta a Igreja Batista de Diadema (SP), onde não há um ministério específico para solteiros. “A alternativa é usar os sites”. Por isso mesmo, ela frequenta várias páginas do gênero. Com milhares de disponíveis desfilando por sua tela, Silvani até conheceu dois homens através do site Combine – serviço do portal Ig que não tem orientação religiosa –, mas, criteriosa, não se identificou com eles após a troca das primeiras mensagens. Preferiu apresentá-los a duas amigas, e um dos casais que se formou está às portas do matrimônio. Já ela continua à espera de um companheiro ideal, mas deixa claro que não se sente pressionada por sua solteirice e que jamais abrirá mão de seus valores em troca de um casamento.

Tomar a iniciativa – Mas não basta preencher a ficha, formalizar a adesão e encomendar as alianças. Os especialistas dizem que várias etapas devem ser cumpridas antes que o simples flerte da telinha se transforme num relacionamento amoroso de verdade. “É preciso conversar bastante com a pessoa, passar contatos só depois de sentir-se minimamente seguro e marcar os primeiros encontros em locais públicos”, enumera Carlos Buzulin. Por isso mesmo, cada vez mais os sites têm disponibilizado ferramentas e recursos. “Nossa experiência mostra que usuários que completam o seu perfil com sinceridade e disponibilizam boas fotos têm mais chances de encontrar e serem encontrados”, revela Marcos Vieira, do RomanceCristao.com. Mas nada vai adiantar se a pessoa ficar passiva simplesmente à espera de que um príncipe encantado – ou princesa, claro –.se materialize à sua frente. “Nós sempre recomendamos que o usuário tome a iniciativa.”

Para quem encontra certa dificuldade em dar o primeiro passo, mesmo que seja em um relacionamento virtual, os sites dão uma mãozinha. Os principais já contam com serviços extras de atendimento psicológico, um verdadeiro consultório virtual onde dúvidas e angústias podem ser sanadas. No Divino Amor, uma de terapeutas posta artigos e responde perguntas dos usuários. “Sempre orientamos as pessoas para que sejam verdadeiras e transparentes. Criar um personagem para ficar mais interessante não costuma ser uma boa saída”, conta a psicóloga clínica e psicanalista Juliana Amaral, que trabalha no site. Segundo ela, é normal, nesse tipo de situação, idealizar como será a pessoa do outro lado da telinha. “Quando se conversa pelo computador, a ausência de elementos importantes numa relação, como o olhar, o tom de voz, a presença física e até os gestos, pode levar a fantasias irreais”. É neste momento que conhecer pessoalmente o outro se torna imprescindível, principalmente quando o relacionamento tem ambições amorosas. Juliana recomenda que os usuários vejam estes sites apenas como um meio de conectar pessoas. “O restante deve ser feito como em qualquer outro relacionamento. Esse é um princípio fundamental.”

Se o negócio é lançar a rede no mundo virtual, muita gente não tem perdido tempo. Renata Caiado Marques, hoje casada e com dois filhos, encontrou o marido Filipe no AmorEmCristo.com. Meio por acaso, é verdade – ela viu o perfil dele no computador de uma amiga, que já era usuária do serviço, e decidiu se cadastrar também. Já o representante comercial Filipe, que aderiu ao site na primeira hora, conta que já tinha conhecido algumas pessoas pela internet, mas sem grandes resultados. Quanto tomou conhecimento da existência de Renata, resolveu investir. “Primeiro, orei para Deus me orientar e separar alguém; depois, senti no coração a direção dele na minha vida. Aí, ficou tudo mais fácil”, garante. Mensagem para lá, mensagem para cá, a coisa ganhou ares de seriedade, e dali para um encontro ao vivo e em cores, foi um pulo. “Estamos casados há cinco anos”, diz Renata. Eles, que congregam na Igreja Batista Central da Barra, no Rio, acreditam que os sites de relacionamento amoroso entre evangélicos são uma chance para se encontrar alguém abençoado e constituir família.

Cônjuge a um clique – “Veja como as coisas mudam neste mundo. No início, a internet era acusada por isolar as pessoas; agora, vemos situação contrária – a grande rede promove relacionamentos”, comenta o pastor Jasiel Botelho, missionário de Servindo Pastores e Líderes (Sepal) e fundador do ministério Jovens da Verdade. “O relacionamento pessoal tem menos opções. Na internet, você pode conhecer ao mesmo tempo 10, 100, mil pessoas. As possibilidades de encontrar alguém que combine com sua fé, gostos e preferências são muito maiores”. Veterano da era pré-computador, ele mesmo precisou viajar mil quilômetros para conhecer Ivone, que acabou se tornando sua mulher. “Agora, as pessoas podem conhecer seu futuro cônjuge através de um clique”. Botelho reconhece que era crítico dessa história de sites de namoro, por conhecer histórias de gente que foi enganada e acabou decepcionada. No entanto, hoje, diz que conhece vários casos de relacionamentos bem sucedidos e que começaram pela rede de computadores: “Alguns deles acabaram em casamento”, comenta.

No entender do pastor, que junto com Ivone atua prestando aconselhamento a casais há mais de 20 anos, o sucesso destes serviços cresce na lacuna deixada pelas igrejas. “A igreja, que inicialmente deveria ser um espaço de amizade e amor ao próximo, agora é um lugar onde as pessoas não se encontram. Não há relacionamento e muitas vezes os membros pessoas não conhecem nem mesmo o pastor”, avalia Botelho. “Parece um metrô ou elevador, sempre lotados de gente que sequer falam entre si”. Além disso, continua, o enfoque nas comunidades evangélicas é sempre mais voltado às famílias: “Os chamados sós estão abandonados e sofrem preconceito. Não é à toa que solteiros de ambos os sexos, a partir dos 30 anos de idade, têm abandonado suas congregações”. É justamente esse público que encontrou na internet um aliado para conhecer outras pessoas, seja apenas para cultivar ou manter uma amizade, ou mesmo visando a encontrar o almejado par perfeito. Mesmo diante de tantos casos de divórcio, o matrimônio continua sendo o sonho da maioria das pessoas, religiosas ou não. Nada menos que 900 mil casamentos são realizados anualmente no Brasil, segunda estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Engrossar tais estatísticas é o objetivo da viúva Maria Cecilia dos Santos Palmeira, 56 anos. “Gostei do Divino Amor porque você pode selecionar a idade e a cidade na busca por um perfil interessante”, comenta. “Nem sempre essa ferramenta é oferecida”. Membro da Igreja Cristã da Trindade, ela viveu quase três décadas com seu marido, um pastor. “Caí de paraquedas na vida de solteira”, diz. Ela encontrou nos sites de relacionamento uma alternativa para a procura por um novo parceiro e também amigos. “Eu vou para a igreja para louvar a Deus, e não para procurar namorado. Além disso, os homens que existem nas igrejas não querem compromisso, ainda mais com uma mulher mais velha”, reclama. Madura, ela sabe que a internet é uma alternativa, mas também requer muitos cuidados. Cecília já encontrou na rede homens casados que escondiam seu estado civil em busca de casos, mentiam sobre a fé ou até mesmo pretendiam aplicar golpes. Uma dessas histórias aconteceu com um rapaz que afirmava ter 27 anos e se dizia apaixonado pela viúva. “Eu perguntei se ele não preferia conhecer uma das minhas filhas”, lembra, rindo.

Ela conta que entrou no primeiro site pensando que todo mundo era cristão e com princípios. Com o tempo, aprendeu a ouvir mais do que falar e também ler certos comportamentos dos homens nas entrelinhas. “Se ele nunca atender o telefone no horário do jantar, por exemplo, pode ser que tenha outra família”, ensina. Atualmente, Maria Cecília está se encontrando com uma pessoa do site, que mostrou certa credibilidade ao exibir seus documentos, inclusive a carteirinha de membro da igreja, e ainda ofereceu o próprio número de telefone e o nome de seu pastor. “Mas vou continuar com um olho aberto e outro fechado”, diz.

“Máscara” – Um dos fundadores do ministério virtual SexxxChurch, o designer Jota Mossadihj, 26 anos, recomenda mesmo cautela. Ele conta que muitas pessoas que usam esses serviços pensam que estão em um espaço sagrado e protegido. “Mas não é porque o site tem orientação evangélica que será diferente dos outros. Eles também podem ser usados como máscara”, afirma. Membro da Igreja Vineyard de São Paulo, Jota conta que o SexxxChurch foi criado para prestar assistência a pessoas viciadas em pornografia, abordando a questão de maneira clara, sem moralismos, apesar de a proposta do trabalho também ser evangelística. No vale-tudo da internet, tudo é possível. “É que os usuários, principalmente quando são crentes, ficam menos cuidadosos quando o site tem uma identidade cristã”.

Na sua opinião, os mantenedores dos sites também deveriam ser mais criteriosos e responsáveis em relação aos clientes e a questões de segurança, já que, ao disponibilizarem o serviço, recebem pagamento. Até mesmo a seriedade de intenções de quem se coloca à disposição ali deve ser bem avaliada, diz ele. “Diferentemente do que se imagina, as pessoas também procuram gente apenas para paquerar, e não visando a um compromisso sério”. A fisioterapeuta Silvani – aquela que conheceu dois rapazes e preferiu apresenta-los às suas amigas – faz coro: “Há quem procure mulheres crentes apenas porque querem alguém com boa moral”. Até hoje ela não conseguiu encontrar um parceiro que combinasse com seus sonhos, que segundo Silvani, não são nada ambiciosos. “Procuro um parceiro sério, trabalhador. Esse negócio de louro, alto e rico é muito raro”, brinca.

Extraído de: http://cristianismohoje.com.br/ch/computador-casamenteiro/

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Após anos de perseguição, governo da China pede ajuda aos grupos religiosos


O governo chinês, oficialmente ateísta, pediu aos grupos religiosos e às pessoas de fé para ajudar nos esforços de reconstrução da província no Noroeste da China, devastada por um terremoto.
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Em uma carta aberta publicada em site oficial, a Administração do Estado da China para os Assuntos Religiosos pediu à comunidade religiosa doações para a reconstrução da área Tibetana de Yushu, na província de Qinghai, que foi devastada por um terremoto de magnitude 7,1, em 14 de abril.

Pelo menos 2,2 mil pessoas foram mortas, mais de 12 mil foram feridos e mais de 100 mil ficaram desabrigadas pelo terremoto em Yushu.

Segundo a carta, a comunidade religiosa já doou mais de US$ 12,7 mil para a área atingida pelo terremoto. O departamento de assuntos religiosos espera que os líderes e crentes individuais façam mais doações.

A carta também agradeceu as orações e esforços de assistência imediata realizada por organizações religiosas.

As autoridades chinesas disseram na semana passada que espera que a obra de reconstrução do Yushu seja concluída em três anos, segundo a Xinhua, a agência de notícias estatal.

Desde abril, grupos de ajuda humanitária cristãos têm trabalhado para distribuir itens de necessidade imediata, como alimentos, abrigo e roupas para as vítimas.

Nos últimos anos, a China tem sido em geral mais receptiva à religião na sociedade, apesar dos problemas em curso com a liberdade religiosa.

O diretor-geral da Administração Estatal para Assuntos Religiosos, Ye Xiaowen, reconheceu em 2007 que o número de seguidores religiosos chineses, incluindo os cristãos, tem crescido. Ele também alegou que, em vez de esmagar as religiões, o partido comunista chinês incentivará a religião a desempenhar um papel positivo “na promoção do desenvolvimento econômico e social” no futuro.

Um artigo recente no jornal estatal China Daily indica que o governo está se abrindo para a religião na praça pública. O artigo, publicado em março, deu detalhes de como um estudante de 22 anos em Pequim se converteu ao cristianismo, enquanto tentava descobrir o sentido da vida.

Notavelmente, o estudante foi relatado por frequentar uma igreja de 700 membros, em Pequim, apesar de não haver registros no governo – as igrejas são ilegais na China. Os cidadãos só são autorizados a adoração em instituições religiosas aprovadas pelos órgãos criados por religiosos da China de Macau.

Para os cristãos protestantes, isso significa cultuar em igrejas afiliadas com o Three-Self Patriotic Movement e Christian China Conselho.

Apesar de progressos da China na liberdade religiosa, grupos de direitos humanos ainda informam regularmente a perseguição dos cristãos das igrejas domésticas. Organizações de direitos humanos afirmam que a China tem um longo caminho a percorrer no seu respeito pela liberdade religios.

Fonte: CPAD News

Extraído de: http://noticias.gospelmais.com.br/apos-anos-de-perseguicao-governo-da-china-pede-ajuda-aos-grupos-religiosos.html

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sinais da Queda

O declínio de uma igreja passa por cinco estágios nem sempre fáceis de perceber

Um pouco antes de terminar meus estudos em teologia, fui convidado para pastorear uma congregação no sul do Illinois, nos Estados Unidos. Aquele foi meu primeiro grande despertamento para as realidades da liderança pastoral – e uma experiência um tanto desconfortável. As habilidades ou dons que levaram a congregação a me convidar a ser seu líder espiritual foram, provavelmente, meu entusiasmo, minha pregação e minha aparente habilidade – mesmo sendo ainda jovem – em alcançar pessoas e fazê-las sentirem-se cuidadas.

O que não havia sido mencionado era o fato de aquela congregação estar desiludida devido a uma terrível divisão provocada pelo pastor anterior, que encorajou um grupo de cem pessoas a sair com ele para formar outra congregação. E bastaram apenas alguns meses para que eu percebesse que entendia muito pouco sobre liderar uma organização com aquele tamanho e complexidade, e ainda por cima, tão ferida. Com meus 27 anos, eu estava completamente perdido. Passara meus anos no seminário pensando que tudo que alguém precisava para liderar era uma mensagem carismática e uma visão encorajadora, e tudo o mais na vida da igreja seria perfeito. Ninguém havia me falado sobre grupos a serem dirigidos, equipes esperando resultados e congregações precisando ser curadas. Há quem tenha bom conhecimento de como conduzir uma comunidade cristã. Eu não tinha.

Geralmente, quando se entra num processo de crescimento descontrolado de uma organização, abandonam-se os princípios sobre os quais ela foi constituída

Foi naqueles dias de angústia que fui apresentado ao meu primeiro livro de liderança organizacional, The Effective Executive (“O executivo eficiente”), de Peter Drucker. Ali, percebi como as pessoas estão dispostas a alcançar objetivos que não podem ser atingidos. Aquele livro, provavelmente, me livrou de um nocaute no primeiro round em minha vida como um pastor. Desde aquela época, mais de quarenta anos atrás, incontáveis outros autores tentaram aprimorar os insights de Drucker. E nenhum deve ter tido mais sucesso nessa tarefa quanto Jim Collins. Não sei se ele tinha pessoas como eu em sua mente quando ele escreveu seus livros, mas muitos de nós, engajados ou não no trabalho pastoral, aprendemos muito com ele.

Recentemente, Collins e seu grupo de pesquisadores escreveram uma obra menor, com o nome How the Mighty Falls (ainda sem titulo em português), que segundo ele começou como um artigo e terminou como um livro. Collins afirma que foi inspirado em uma conversa durante um seminário, no qual alguns poucos líderes de setores tão diversos como o militar e o de empreendimentos sociais reuniram-se para explorar temas de interesse comum a todos. O tema era a grandeza da América e os riscos desse gigantismo. O receio geral era de que o sucesso encobrisse o perigo e os alertas do declínio. Saímos de lá pensando em como seria possível perceber que uma organização aparentemente saudável enfrentava sérios problemas.

Um indício claro de declínio é desencadeado quando líderes ignoram ou minimizam informações críticas, ou se recusam a escutar aquilo que não lhes interessa

Parece ser cada vez mais real o fato de que grande parte dos líderes desconhece o problema vivido na sua organização. Em seu livro, Collins identifica cinco estágios no processo de derrapagem de uma instituição. O primeiro é a autoconfiança como fruto do sucesso. “Prestamos um desserviço a nós mesmos quando estudamos apenas sobre o sucesso”, afirma Collins. Uma pesquisa e análise acerca de empreendimentos, até mesmo na literaturas de liderança eclesiástica, mostra que poucos livros investigam as raízes do fracasso. Parece que existe no segmento cristão a presunção de que o sucesso é inevitável, razão pela qual não se torna necessário considerar as possíveis consequências de uma queda.

A confiança exagerada em si mesmos, nos sistemas que criam ou na própria capacidade para resolver tudo faz com que os líderes não enxerguem seus pontos de fraqueza. Subestimar os problemas e superestimar a própria capacidade de lidar com eles é autoconfiança em excesso. A ganância e a busca desenfreada por mais é outra das principais situações que derrubam um grupo ou organização. Geralmente, quando se entra nesse processo descontrolado, abandonam-se os princípios sobre os quais a entidade foi constituída.

A busca pelo crescimento exagerado é o segundo estágio que antecede a derrocada, seja de uma organização secular ou de um ministério cristão. Muitos líderes tornam-se cegos pelo êxtase do expansionismo. Constantemente surge uma necessidade em tais líderes de mostrarem-se capazes, e eles não conhecem outra forma de fazer isso que não seja tornando seus empreendimentos maiores, independente das consequências. É a incessante idéia de que tudo tem que crescer e crescer. Todavia, impressiona o fato de que a cobrança de Jesus aos seus discípulos estivesse relacionada à necessidade de fazer novos discípulos, e não de construir grandes organizações. Ele parecia saber que discípulos bem treinados em cada cidade e povoado dariam conta de conduzir o movimento cristão de forma saudável. Talvez Jesus temesse exatamente o que está acontecendo hoje: a sistematização do movimento cristão, sua centralização e expansão tão somente para causar uma impressão.

O terceiro estágio de declínio identificado por Collins é desencadeado quando líderes e organizações ignoram ou minimizam informações críticas, ou se recusam a escutar aquilo que não lhes interessa. A negação dos riscos é um perigo iminente – e riscos não levados a sério são justamente aqueles que, posteriormente, causam grandes estragos na organização. É preocupante, para Collins, quando organizações que baseiam suas decisões em informações inadequadas. Em meu ministério de liderança, cedo aprendi a temer conselhos que começam com expressões como “Estão dizendo” ou “O pessoal está sentindo”. Prefiro valorizar dados precisos, vindas de pessoas confiáveis, sábias, que se engajam na tarefa de liderar a comunidade com sensatez. Isso nos possibilitou caminhar ao lado de gente que jamais imaginávamos que caminharia conosco. Nada me foi mais valioso do que receber, delas, informações que me ajudaram a conduzir minha congregação.

O estágio quarto começa, escreve Jim Collins, “quando uma organização reage a um problema usando artifícios que não são os melhores”. Ele dá como exemplo uma grande aposta em um produto não consolidado, o lançamento de uma imagem nova no mercado, a contratação de consultores que prometem sucesso ou a busca de um novo herói – como o político que vai salvar a pátria ou o executivo que em três meses vai tirar a empresa do buraco. Eu me lembro de épocas nas quais eu estava desesperado por vitórias que fariam com que minha igreja deixasse de caminhar na direção em que estava caminhando – para o abismo. Ao invés de examinar o que nossa congregação fazia nas práticas essenciais de serviço ao povo, centrada no serviço a Cristo, fui tentado a me concentrar em questões secundárias: cultos esporádicos de avivamento, programações especiais, qualificação de nossa equipe de funcionários. Hoje eu vejo o que tentei fazer: promover salvação de vidas através de publicidade, uma grande apresentação o um excelente programa. Graças a Deus, aprendi – assim como aqueles ao meu redor – que artifícios assim não funcionam. O que funciona é investir em pessoas, discipulá-las, conduzi-las a Jesus e adorá-lo em espírito e em verdade, fazendo com que as coisas estejam em seu devido lugar.

Collins menciona ainda o estágio cinco da decadência, que é o da rendição. Se as coisas saem do eixo organizações como igrejas tendem a perder a fé e o espírito. Penso que o templo em Jerusalém deve ter ficado dessa forma quando Jesus se retirou de lá e disse que não voltaria àquele lugar. Ele estava antecipando o dia, que estava por vir, quando não restaria pedra sobre pedra ali. Não muito tempo atrás, eu estava em frente ao templo de uma igreja no País de Gales. Na porta, estava a seguinte placa: “Vende-se”. Uma outra placa indicava que aquele prédio havia sido construído no período do grande avivamento britânico, no século 18. Agora, o prédio estava escondido entre a vegetação, completamente abandonado.

Quando começa a morte de uma organização? Quem perdeu os sinais que indicam vida? Quem abandonou os princípios essenciais? Quem não entendeu as informações? Quem está correndo, completamente perdido no meio da multidão, sem saber pra onde ir? Essas são boas perguntas. Se ignoradas, a igreja cairá.

Gordon MacDonald é editor da revista Leadership

First published in Leadership Journal, copyright © 2010.

Used by permission, Christianity Today International

Tradução: Daniel Leite Guanaes

Extraído de: http://cristianismohoje.com.br/ch/sinais-da-queda/

sábado, 10 de abril de 2010

Cristianismo Fácil

"Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o
caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que
entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o
caminho que conduz para a vida, e são poucos
os que acertam com ela" (Mt 7.13-14).
Existe um tipo de cristianismo, supostamente evangélico e
fundamental, dedicado a tornar-se bastante agradável e popular,
mesmo para freqüentadores de igreja indiferentes e empedernidos.
Fiel à sua missão, esse cristianismo desenvolveu uma série de
doutrinas que são consistentes apenas em seu efeito comum de
remover os incômodos e as exigências do verdadeiro cristianismo.
Estas novas doutrinas são muito populares e amplamente
aceitas. E por que não seriam? Elas favorecem a aversão natural
que o homem demonstra para com o negar a si mesmo e, em
especial, satisfazem o moderno culto do prazer.
Somente essas tendências arraigadas podem explicar a
ilusão de que esse tipo de cristianismo é autêntico. O próprio
Senhor Jesus nos advertiu sobre isso, ao mostrar que o verdadeiro
cristianismo seria difícil e impopular ("estreita é a porta, e
apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os
que acertam com ela" - Mt 7.14), enquanto sua imitação seria
fácil, popular e condenatória ('larga é a porta, e espaçoso, o
caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram
por ela" - Mt 7.13). Seu cristianismo é genuíno? Ou, fácil,
popular e condenatório?

Autor: Samuel Waldron

Fonte: http://www.editorafiel.com.br/fotos_produtos/revistas/pdf/00005.PDF

segunda-feira, 8 de março de 2010

ENCONTRO DE LÍDERES 2010!!!!


Visto o pouco (ou nulo) envolvimento da Juventude com a igreja local, a falta de interação entre pastores e liderança, e a falta de trabalho contínuo visando o crescimento da igreja, realidades presentes em nosso meio, decidimos buscar alternativas para reverter esse quadro que tem nos impedido de avançar mais. Queremos ver o crescimento em conjunto dos nossos líderes, das nossas juventudes e das igrejas, e consequentemente ver o crescimento do evangelho através de nossas vidas, unidas e dispostas a servir a Deus.
Foi por isso que decidimos reunir os líderes das igrejas de todo o centro da Paraíba num encontro onde discutiremos nossa realidade e buscaremos medidas que nos ajudem a trabalhar de maneira integrada e mais eficaz nos nossos objetivos diários como corpo de Cristo.
Esse grande encontro será nos dias 16 à 18 de abril, no Acampamento Batista em Lagoa Seca, a partir das 18h do dia 16. O valor é bastante acessível, 30,00 por pessoa, e se uma igreja levar mais de cinco líderes cada um pagará apenas 25,00! Teremos como preletor oficial o Pr. Haydene Cassé, e o Ministério de louvor JUBACENTRO. As inscrições serão feitas até o dia 31 de março; as fichas estão disponíveis aqui no blog!

Enfim, será uma grande oportunidade de crescimento e comunhão para todos os nossos líderes que fazem parte da JUBACENTRO, e esperamos contar com a participação de todas as igrejas!

Juntos, para o serviço do nosso Salvador!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Igreja lança promoção: Aceite a Jesus e ganhe um Playstation 3!


Essa é a mais nova “promoção” da Igreja Batista Landover, que usa um Playstation 3 como chantagem pra que crianças venham a aceitar Jesus. Mas isso não passa de mais um golpe pra enganar as crianças indefesas.
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O site da denominação tem a seguinte chamada no topo: “Crianças! Aceitem Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e ganhe um PS3 de graça!”. Isso seria um grande incentivo por si só, mas você pensa que para por ai? Não, eles também incentivam a criança a pegar um cartão de crédito, ou cheque em branco, de seus pais e a seguirem suas instruções para “ganhar” o Playstation 3.

A “igreja” também afirmam que você deve proclamar as boas novas do plano da salvação usando os jogos que você acabou de “ganhar” e se eles não aceitarem, você deve matá-los por isso (no jogo). Completando com a seguinte declaração: “O que é mais legal!”

A landover se diz igreja batista, porém não fazem parte da convenção batista americana e são extremamente radicais.

Para os que pensam que para ganhar o PS3 é só chegar ao pastor e dizer “aceito a Jesus”, está muito engado. Segue os passos descritos pela denominação para receber seu “prêmio”:

1. Diga a Jesus que você odeia seus pais, e que prefere tê-lo como seu pai. Peça a Ele para perdoar seus pecados, e cobri-lo com o Seu sangue (você verá muito sangue respingado em toda a sua TV quando você jogar o jogo de cortesia GTA 3!).
2. Encontre um cartão de crédito da sua mãe ou de seu pai (um cheque em branco é ainda melhor!)
3. Ligue para o nosso escritório da igreja e iremos fornecer-lhe simples instruções sobre como usar o cartão de crédito de seus pais para cobrar uma oferta de amor ao telefone. Não se preocupe se você não consegue encontrar um cartão de crédito. Podemos ensinar-lhe como utilizar a conta de seu pai para fazer uma retirada automática (e você ainda ganhará frete grátis e um disco de jogo extra!)
4. Se os seus pais lhe perguntarem onde você adquiriu o seu novo PlayStation 3, basta dizer-lhes que o seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo, entregou-o a você através do Serviço Postal norte-americano em troca de sua alma.

Autor de um famoso blog nerd cristão, Presb. Gleyber, conhecido na internet como Pastor Claybom, comentou sobre a atitude da igreja: “O site em questão mostra que o mandamento que Deus nos deu Exôdo 20:12 – Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá – não é válido e sugere que se desobedaçamos, já é meio caminho andado para ser cristão. COMO ASSIM? Desde quando passamos a exercer o contrário do que a bíblia fala?”. O Pastor Claybom realiza trabalho de evangelismo entre os nerds e gamers brasileiros. Conheça a opinião dele sobre o caso e seu blog no Gospel+.

Algumas pessoas afirmam que a Landover não existe, sendo apenas um site falso para denegrir os cristãos, outras já atestam a veracidade da mesma. Sendo verdade ou não, as duas opções que temos são consederavelmente lamentáveis.

Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/igreja-landover-church-promocao-aceite-jesus-ganhe-playstation-3.html

terça-feira, 2 de março de 2010

Marina Silva, candidata evangélica a presidente, diz que não poderá ser contra o casamento gay


Diferente do que era esperado, por se tratar de uma pré candidata a presidência da república declaradamente evangélica, a atual senadora pelo Partido Verde, Marina Silva, disse em entrevista que caso vença as eleições não irá se opor à união civil entre pessoas do mesmo sexo.
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Ela pertencente à igreja Assembleia de Deus, que como algumas igrejas evangélicas não apoia nenhum tipo de ação a favor dos direitos homossexuais.

A senadora disse: “Minha posição pessoal não se coloca relevante para o Estado, para políticas públicas. Minha posição pessoal é a luz da minha fé, não tenho como pensar diferente. Em relação a discriminar qualquer pessoa, o Estado não vai fazer isso de forma alguma.”

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Liberdade Religiosa e Música Gospel serão temas de debates acalorados no Senado. Entenda as propostas

Entre as matérias previstas para exame pelos senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), na reunião da próxima terça-feira, dia 23, duas proposições originárias da Câmara tratam de temas relativos à religião. Um dos projetos (PLC 160/09) regulamenta incisos da Constituição Federal que asseguram o livre exercício da crença e dos cultos religiosos. A outra proposta (PLC 27/2009) altera a Lei Rouanet – de incentivo à cultura – para reconhecer a música gospel e seus eventos como manifestação cultural. As duas proposições já contam com parecer favorável dos relatores, mas dependem de outras votações depois de passarem pela CE.
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Além de estabelecer mecanismos que asseguram o livre exercício religioso, o PLC 160/2009, do deputado George Hilton (PRB-MG), regulamenta a proteção aos locais de cultos e suas liturgias, a inviolabilidade de crença e do ensino religioso no país, todos previstos pelo art. 210 da Constituição. Composta por 19 artigos, a proposição reconhece o direito ao registro das religiões como personalidades jurídicas e que essas, quando voltadas para a assistência social, deverão usufruir também de todos os direitos, isenções, imunidades e demais benefícios concedidos a entidades nacionais de natureza semelhante.

Quanto aos locais e objetos de culto, o projeto define que esses farão parte do patrimônio cultural e histórico do país e como tal deverão ser protegidos, inclusive com impedimento de demolição ou desvio de suas destinações. A única exceção, neste caso, seria feita para o caso em que o Estado necessitasse do espaço ou do prédio religioso para utilidade pública ou para interesse social. Um dos artigos da proposta também prevê que os governos destinarão, na elaboração dos planos diretores das cidades, espaços para fins religiosos.

Há ainda a permissão clara de liberdade para assistência espiritual dos fiéis internados em hospitais, casas de correção e presídios, e também de liberdade de representação de cada credo religioso por capelães militares no âmbito das Forças Armadas Auxiliares.

No quesito educação, o projeto define que os órgãos de ensino das instituições religiosas, em todos os níveis, terão liberdade para funcionar, e prestar serviço à sociedade, sob a livre escolha das pessoas. Também fica assentado na proposta que os títulos e qualificações obtidos pelos educadores dessas instituições terão o mesmo valor que os obtidos em outras instituições, desde que os cursos atendam a legislação educacional vigente.

Ainda sobre a questão do ensino religioso nas escolas, a proposição define que a matrícula é facultativa e deverá constituir parte integrante da formação básica dos alunos, constante dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade religiosa.

Dos artigos 12 a 19, distintos temas são contemplados, como o reconhecimento do segredo de ofício sacerdotal e do casamento celebrado de acordo com as leis canônicas ou normas das religiões; a imunidade tributária das pessoas jurídicas religiosas e de seus patrimônios; a concessão de visto para sacerdotes, membros ou leigos estrangeiros atuarem no Brasil, entre outros.

Finalmente, o projeto estabelece que a violação à liberdade de crença e a aos locais de culto sujeita o infrator às punições previstas no Código Penal. O relator da matéria, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), lembra que na CE a matéria será analisada quanto ao mérito do que couber ao tema educação.

Música Gospel

O PLC 27/2009, do deputado e bispo da Sara Nossa Terra Robson Rodovalho (DEM-DF), sugere a inclusão da música e dos eventos gospel no rol das manifestações culturais reconhecidas pela Lei Rouanet – passível, portanto, de receber incentivos financeiros de empresas privadas que depois auferem isenções e descontos tributários. O termo gospel, originário da língua inglesa, refere-se às músicas de temática cristã, e por, extensão, as artistas que compõem e interpretam essas músicas.

O deputado Rodovalho justifica sua intenção, lembrando que esse estilo musical se disseminou pelo país, inclusive em eventos de grande porte, mobilizando a juventude que cultiva os valores cristãos. O projeto, porém, excetua dessa possibilidade os eventos de música gospel promovidos por igrejas.
A matéria já foi acatada pela Comissão de Assuntos Econômicos e tem o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) como relator na CE.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sobre levitas, apóstolos e outros modismos

Sou um professor de Teologia em crise com a dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica. Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos desde 1991 e, tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos.

No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã. Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas.

Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação. Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: “não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério”...

A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico. Alguns se autodenominam “levitas”. Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem “apóstolos”. Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na Igreja, se auto-denomina “levita”. Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de “força policial” para manter a ordem nas celebrações.

Porém, hoje em dia, para os “novos levitas” basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos. Outros há, que se auto-intitulam “apóstolos”. Dentro de alguns dias teremos também “anjos”, “arcanjos”, “querubins” e “serafins”. No dia em que inventarem o ministério de “semi-deus” já não precisaremos mais sequer da Bíblia.

Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de “progressista”. Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador. Na verdade, “saudosista” ou “nostálgico” seriam expressões melhores. Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto. Atualmente os chamados “momentos de louvor” mais se assemelham a show ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso. Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes.
Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do “louvor” do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência. Percebo que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor. O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os “artistas” e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a “identidade” das igrejas evangélicas. Trata-se da “xuxização” (“todo mundo batendo palma agora... todo mundo tá feliz? tá feliz!”) do mundo evangélico, liderada pelos “levitas” que freqüentemente aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra. O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão – cativos da cultura gospel.

Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada “secular”. Amedrontados com as muitas opções que o “mundo” oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas. E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento. Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as “folias de rei”, os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura “gospel” torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de “Talibã evangélico”. Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o “Cristo Redentor” estará com os dias contados.

Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vêm nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários. Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos. Em um seminário em que trabalhei, os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários, aptos para o exercício do ministério. A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores? Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: “Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros”.

Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino. Talvez até já tenham ouvido falar desses nomes, mas são para eles, como que personagens de um passado sem-importância e sobre o qual não vale a pena ler ou estudar. Talvez por isso eu e outros colegas professores nos sintamos hoje em dia como que “falando para as paredes”. Nem dá gosto mais preparar uma aula decente, pois na maioria das vezes temos sempre que “voltar aos rudimentos da fé” e dar aos vocacionados o leite que não recebem nas Igrejas. Várias vezes me vi tendo que mudar o rumo das aulas preparadas para falar de assuntos que antes discutíamos nas Escolas Dominicais. Não sei se isso acontece em todos os Seminários, mas em muitos lugares, o conteúdo e a profundidade dos temas discutidos pouco difere das aulas que ministrávamos na Escola Dominical para neófitos.

Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada com o que eu disse. Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da moda.

fonte: http://www.underground.org.br/artigos/artigo.asp?ID=51