domingo, 13 de abril de 2008

A corrida cristã - parte 2

II – A LUTA PELA CORRIDA

Nossa natureza pecaminosa faz de tudo para nos impedir de fazer a corrida de Deus. Ela impõe pesos de dificuldades várias para que desanimemos e desistamos de continuar na pista cristã. Urge que sejamos determinados em lutar contra tudo que queira nos impedir de avançarmos.


1. Lute ao extremo para fazer uma boa corrida. Devemos sempre lembrar que a nossa luta não é contra as pessoas, mas contra o pecado, o nosso pecado. Ele é o grande inimigo que precisamos vencer. Cabe lutar ao extremo para conseguir fazer uma boa corrida. Muitos têm derramado o próprio sangue para não abrirem mão do propósito de agradar ao Senhor (Hb 12.4). Precisamos nos amputar de fazer qualquer coisa que nos atrapalhe, deixar de ir a qualquer local que nos distraia, e deixar de olhar para aquilo que nos distrai de manter os olhos fixos no Autor e consumador de nossa fé – Jesus (Mc 9.43-48; Hb 12.2).

2. Purifique-se para ser um vaso de honra. Numa grande casa existem vasos de valor como ouro e prata, mas também existem os vasos mais simples como os de madeira e barro. Alguns desses vasos têm fins honrosos, e outros são usados para fins desonrosos. Se alguém se purificar do pecado, como palavras inúteis, heresias, desejos carnais e brigas, por exemplo, será usado por Deus como um vaso de honra, santificado e útil para o Senhor e estará preparado para toda boa obra (2 Tm 2.14-26). Se os vasos pensassem e pudessem fazer escolhas, certamente que nenhum gostaria de ser vaso de lixo, mas vasos de honra, bem lustrados e destacados na sala de visitas de uma grande mansão. Vamos nos empenhar por uma vida pura, pois assim procedendo, seremos instrumentos poderosos nas mãos de Deus.

3. Lute contra o egoísmo. Vivemos dias terríveis causados pelo próprio homem. Muitos males marcam nosso tempo, e um deles é o egoísmo. Preferimos bem mais a nossa vontade que vontade de Deus (2 Tm 3.1, 2, 4). Se alguém quer seguir a Jesus e correr bem a corrida cristã, deve negar-se a si mesmo, carregar cada dia a sua cruz e segui-lo (Lc 9.23). Quantos podem dizer de fato: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). Jesus morreu e ressuscitou para que não vivamos mais para nós mesmos, mas para ele (2 Co 5.15). Nosso grande inimigo na corrida somos nós mesmos. Vamos lutar contra o egoísmo e fazer a vontade de Deus.

4. Aprenda a odiar o mal. No ponto anterior comentei que a cumplicidade com o mal nos impede na corrida cristã. Aqui, quero dar mais ênfase a isso dizendo que não apenas devemos evitar a complacência diante do mal, mas devemos odiar tudo o que é mal. Quanto mais tememos a Deus, mais odiamos o mal, que se manifesta no orgulho, na arrogância, no mau comportamento e no falar perverso (Pv 8.13), além de uma infinidade de outros modos. Hoje em dia o relativismo tem dominado todos os setores de nossa sociedade. Raramente alguém toma posição contra o erro, pois o erro agora depende da cosmovisão de cada um. Não podemos aderir a isso. Devemos chamar de mal o que Deus chama de mal e chamar de bem o que Deus chama bem. Há um preço por isso, mas essa é a nossa corrida.

5. Filtre tudo para Deus. Uma demonstração de maturidade cristã é saber discernir o que agrada a Deus. Ao invés de participar das obras infrutíferas das trevas, devemos é expor sua sujeira (Ef 5.10-11).Somente quem tem o Espírito de Deus é que sabe o que agrada a Deus, pois elas são discernidas espiritualmente. Mesmo que ninguém nos entenda ou concorde com nossas posições, devemos escolher a vontade do Senhor. Isso nos é possível com certeza, pois temos a mente de Cristo (1 Co 2.14-16).

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